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A espiralada via láctea. |
A Astronomia estuda, dentre diversos assuntos, a origem e evolução do universo e, apesar de ser uma das
ciências mais antigas do mundo e de ser fascinante, o ensino de Astronomia no Brasil é feito de forma superficial e com base em concepções
alternativas de professores e alunos. Essas concepção prévias do universo são muitas vezes corroboradas por conceitos errados presentes nos próprios livros didáticos e na fala dos docentes. Nos últimos anos, astrônomos de todo o Brasil têm somando grande esforço para mudar esse cenário.
Alguns erros conceituais comuns presentes nos livros e nos discursos dos professores são a
atribuição das diferenças entre as estações do ano à distância da Terra em
relação ao Sol (sabe-se que a causa principal das estações do ano se deve ao
fato da variação de calor recebida pelos diferentes hemisférios da Terra em função
das diferentes posições desses hemisférios em relação ao Sol ao longo de um ano
completo), a interpretação das fases da Lua como sendo eclipses lunares
semanais (quando na verdade essas fases ocorrem devido à Lua mudar a sua
aparência em razão do seu movimento em torno da Terra, em relação ao Sol, que
ilumina determinadas porções da Lua, ao orbitar o nosso planeta), a concepção da
existência de estrelas entre os planetas do Sistema Solar (as estrelas estão a
distâncias bem superiores as do Sol em relação à Terra), dentre diversos outros equívocos comuns nos livros escolares e na fala dos docentes. Em
adição a isso, os livros e os mestres muitas vezes falham de forma exemplar no incentivo à
observação prática de fenômenos astronômicos.
Para mudar essa realidade, astrônomos buscam
meios de capacitar professores do ensino fundamental e médio e levar a ciência
para os colégios como uma tentativa de tornar o assunto mais atrativo para as
crianças e adolescentes e para os educadores. Nesse sentido, a Sociedade Astronômica Brasileira realiza desde 1998 a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) que busca capacitar os mestres e encorajar os alunos interessados no assunto a aprofundar seus conhecimentos através
de uma competição.
A olimpíada é realizada com a
aplicação de provas para diferentes níveis que vão desde o ensino fundamental
até o ensino médio, além da realização de atividades práticas noturnas e
diurnas, como a localização de constelações, a construção de um relógio solar e
a comparação dos volumes entre a Terra e a Lua. No final da disputa, os alunos
são premiados com medalhas e certificados de participação. Aqueles que se destacam são selecionados para participar da Olimpíada Internacional de Astronomia,
que em 2014 vai acontecer no Quirguistão.
A OBA do próximo ano (2015) provavelmente vai contar com uma grande novidade, um PLANETÁRIO
DIGITAL. Esse planetário será uma estrutura inflável itinerante que terá apresentações
audiovisuais interativas e educativas. O principal objetivo é preparar professores e
educar os jovens, fazendo com que o ato de olhar para o céu se torne rotineiro e a Astronomia um assunto familiar para todos. Para que isso se torne realidade, os organizadores da Olimpíada
estão arrecadando fundos para a compra do equipamento e você pode ajudar
diretamente fazendo uma doação da quantia que quiser e puder. É só acessar esse link:
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Planetário digital. |
Ajudando essa causa você vai
contribuir diretamente para um ensino básico melhor e mais completo para milhões de crianças
e adolescentes no Brasil e vai estimular professores e futuros educadores a ensinarem de forma correta e mais entusiasmada essa disciplina tão fascinante. Ajude a mudar cara do ensino brasileiro.
Para entender porquê a OBA está fazendo essa vaquinha leia esse texto do blog Meio Bit e assista este vídeo do Pirulla.
Para ler mais sobre dificuldades interpretadas nos discursos
de professores em relação ao ensino de Astronomia, clique aqui e aqui.
Para saber mais sobre erros conceituais comuns presentes em
livros didáticos de ciências, clique aqui.