tag:blogger.com,1999:blog-46880576602071927112024-02-19T11:58:29.934-03:00Devaneios BiológicosDevaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-8627506545734502412014-06-05T18:58:00.001-03:002014-11-27T19:48:57.701-02:00Copa do Mundo com um golaço da ciência<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEMGAykA0cEAjM-_YElE3DrMUzVlMgB9o7dZpse3PvK8IX1Th-7H-cTGdmvSniudB76-7LlK1pETlmyz8VlaHnbJgljyqt8-2aWQlPISCB_CDCrqVg3SxRo-IFNKv1HgKWXEu_EAFpESNE/s1600/wn20130513a6a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEMGAykA0cEAjM-_YElE3DrMUzVlMgB9o7dZpse3PvK8IX1Th-7H-cTGdmvSniudB76-7LlK1pETlmyz8VlaHnbJgljyqt8-2aWQlPISCB_CDCrqVg3SxRo-IFNKv1HgKWXEu_EAFpESNE/s1600/wn20130513a6a.jpg" height="225" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Representação de uso do exoesqueleto controlado pela mente.<br />
Imagem: <a href="https://www.facebook.com/pages/Miguel-Nicolelis/207736459237008">Facebook Nicolelis</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos dias mais esperados do ano
está chegando, a abertura da Copa do Mundo de Futebol no Brasil. A abertura é sempre marcada pelas animadas apresentações musicais, pelo impressionante show pirotécnico e pelas sincronizadas coreografias. Mas, dessa vez, quem vai roubar a cena nesse grande dia vai ser a <b>ciência</b>.
No dia 12 de junho de 2014 o pontapé inicial da Copa do Mundo vai ser dado por
uma pessoa paraplégica que vai levantar de sua cadeira de rodas, andar até uma
bola e vai chutá-la!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span><span style="text-align: justify;">Isso vai ser possível graças a um
novo traje tecnológico ligado ao cérebro que tem a capacidade de captar as informações neuronais
e transmiti-las para um exoesqueleto acoplado ao corpo. Eletrodos da espessura de fios de cabelo imersos num gel e posicionados na cabeça dos portadores do traje são os responsáveis pela captura dos sinais elétricos cerebrais. Esses sinais são transmitidos para um computador que os interpreta e passa a informação para as pernas robóticas. </span><span style="text-align: justify;">Essa nova vestimenta tem ainda a capacidade de trazer </span><span style="text-align: justify;">a sensação dos passos </span><span style="text-align: justify;">para o portador da máquina. Sensores na sola do pé vão dar a percepção de toque e vão trazer essa informação de volta a pessoa. Essa é a primeira tecnologia de interface homem-máquina capaz de levar informação motora e trazer informação tátil. </span><span style="text-align: justify;">Quem desenvolveu essa refinada,
complexa e revolucionária tecnologia foi um cientista brasileiro, </span><a href="http://www.nicolelislab.net/" style="text-align: justify;">Miguel Nicolelis</a>, considerado um dos cientistas <a href="http://www.scientificamerican.com/podcast/episode/835efb22-d4e1-add9-068213be0712aa2c/">mais influentes do mundo</a><span style="text-align: justify;">. Sem dúvidas esse está sendo o gol mais bonito do Brasil e a copa
ainda nem começou!</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /><span style="text-align: justify;"></span></div>
<span style="text-align: justify;">Nicolelis e uma equipe de dezenas
de cientistas de todo o mundo envolvidos no Projeto Andar de
Novo (nome dada à audaciosa iniciativa) estão na fronteira da ciência, trazendo para a realidade aquilo que só se vê em histórias de ficção científica e que nunca se imaginou que fosse ser alcançado tão rápido. Esse traje traz nova esperança para pessoas com lesão na medula espinal e conduz a pesquisa em neurociência muitos passos a frente. Além disso, um cientista brasileiro encabeçando uma produção científica de tão alto nível e de extrema importância dá um orgulho muito grande e renova as esperanças na ciência nacional. Apesar de Nicolelis fazer sua pesquisa e lecionar fora do Brasil, na </span><a href="http://www.nicolelislab.net/" style="text-align: justify;">Universidade de Duke</a><span style="text-align: justify;">, o cientista possui importantes ações em sua pátria amada, como o </span><a href="http://www.natalneuro.org.br/" style="text-align: justify;">Instituto Internacional de Neurociências de Natal</a>.<span style="text-align: justify;"> O instituto foi fundado e é liderado pelo pesquisador e tem como objetivo promover o crescimento da pesquisa científica de ponta no Nordeste do Brasil.</span><span style="text-align: justify;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que os pequenos passos que vão ser dados em 12 de junho sejam um enorme salto para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a vida daqueles que necessitam e que Nicolelis sirva de inspiração para novos cientistas brasucas.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assista Nicolelis falando sobre o Projeto Andar de Novo:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/T0lPYeoe2Jg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Veja <a href="https://www.facebook.com/photo.php?v=802811966396118">AQUI</a> um dos testes com pessoas que vão participar da abertura da Copa do Mundo caminhando com o traje tecnológico.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Gustavo Mirandahttp://www.blogger.com/profile/18340601935695329670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-79620553456086095532014-03-22T15:32:00.001-03:002014-11-27T19:54:10.923-02:00Direto de Copenhagen: o povo, a cidade e a emissão de carbono<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFUZx0YF9cNLuA1ylXWYQx9kJcUUEaSxmbChI0p3inntiF22MxGQgzxrq5EM8z2owsKZIUh5DZLoNlqqJF0JEPyfhkWfHG4QYrDxGCAALbpO5RgAxhwo3nWPzvSd_yKrqACu00aDdKfOWV/s1600/vikings.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFUZx0YF9cNLuA1ylXWYQx9kJcUUEaSxmbChI0p3inntiF22MxGQgzxrq5EM8z2owsKZIUh5DZLoNlqqJF0JEPyfhkWfHG4QYrDxGCAALbpO5RgAxhwo3nWPzvSd_yKrqACu00aDdKfOWV/s1600/vikings.jpg" height="200" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vikings abordando uma praia.<br />
Imagem: <a href="http://meyouucn.blogspot.dk/2012/08/insight-into-danish-culture-viking.html">Me you UCN</a></td></tr>
</tbody></table>
Há dois meses deixei a cidade
onde morava (o Rio de Janeiro) e vim passar uma temporada em Copenhagen. Uma
mudança bastante radical pra quem nasceu em Porto Velho e nunca pensou que
fosse tão longe quanto Rio Branco, no Acre. Mas a vida nos revela grandes surpresas e depois
de sete anos na bela e conturbada capital do carnaval, vim parar em terras vikings.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda não aprendi a usar espadas,
saquear mosteiros, nem a adorar o deus Thor, mas já tive algumas experiências e
gostaria de compartilhar as minhas primeiras impressões. A expectativa
antes de vir para Copenhagen era de encontrar um povo frio, fechado e distante,
foi isso o que sempre ouvi sobre os europeus. Pensei que ficaria perdido na rua
porque ninguém me daria informação e completamente isolado dos nativos devido
às diferenças culturais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao sair no aeroporto peguei um
táxi aonde o motorista confirmou todos os meus pré-conceitos. A única coisa que
ele falou diferente de “o tempo está chuvoso” foi que conhecia Roberto Carlos (sim,
o cantor). A minha amostra de nativos, entretanto, ainda estava muito pequena
pra tirar alguma conclusão. Num outro táxi que peguei logo em seguida (nunca
façam isso em Copenhagen, estou tendo que economizar dinheiro até hoje) o
motorista era muito diferente. Puxou conversa, perguntou sobre o Brasil e me
deu dicas sobre a cidade. Dois estilos completamente distintos em um curto
espaço de tempo, mas pensei que o jeito descontraído desse último fosse algo
particular e não natural do povo dinamarquês. Com o tempo percebi que os
cidadãos de Copenhagen são realmente solícitos e até um pouco extrovertidos, conversam
e puxam assunto. Contudo, pude perceber também que não é por conta dessa “abertura”
que se deve esperar fazer um amigo dinamarquês. Eles interagem até certo ponto,
mais do que isso já é invasão de privacidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um ponto a favor da comunicação
na maioria das situações é que quase todos falam inglês, principalmente os mais
jovens. O idioma local (o dinamarquês) é muito diferente do português e
do inglês o que torna impossível um diálogo na
língua local. Graças a um grande estímulo do governo em internacionalizar o país, o inglês é ensinado nas escolas desde cedo e cursos universitários são oferecidos no idioma de Obama nas principais universidades. No dia a dia, quando numa conversa onde,
além de dinamarqueses, há mais de um estrangeiro, os nativos fazem um esforço pra conversar
em inglês numa tentativa de interagir com todos presentes. Agora se você
for o único estrangeiro no papo, certamente você vai ficar deslocado, porque em
pouco tempo eles começarão a falar a complexa língua nórdica e você vai ficar
bioando. Eu estou enfrentando o desafio de aprender o dinamarquês (é oferecido
curso grátis para estrangeiros!) e quem sabe um dia eu consigo entender o que
as pessoas falam ao meu redor. <i>Hvordan
har du det?</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHOrOfuVEjA6oBqVgQa1v8FWQClhcMU18H3vZQIgLDvRYmZ1wWfB5mwlQn4gbUnFnkDrIJzWgkXSktN47upMJRPvyH6ZM3wvdVSarfE4NQIbi7ifImLD_BQc_YnzblYAdxrBhFBeQj8Sx1/s1600/bike+city.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHOrOfuVEjA6oBqVgQa1v8FWQClhcMU18H3vZQIgLDvRYmZ1wWfB5mwlQn4gbUnFnkDrIJzWgkXSktN47upMJRPvyH6ZM3wvdVSarfE4NQIbi7ifImLD_BQc_YnzblYAdxrBhFBeQj8Sx1/s1600/bike+city.jpg" height="180" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A cidade das bicicletas. Foto: <a href="http://www.visitcopenhagen.com/copenhagen/bike-city">Visit Copenhagen</a></td></tr>
</tbody></table>
Copenhagen é a capital da
Dinamarca e, apesar de ser o centro econômico e cultural do país, é uma cidade relativamente
pequena; possui 77,20 km<sup>2</sup> (tamanho equivalente ao dos municípios de
Presidente Castelo Branco em SC ou de Marinopolis em SP) e conta com 1.230.728 habitantes,
ou seja, é bem populosa. O principal meio de transporte da população é a bicicleta.
Copenhagen é <a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>uma das cidades que possui a maior quantidade
de bicicletas no mundo; são mais de 20.000 ciclistas circulando todos os dias. Existem
muitas regras para pedalar, mas é só tomar um pouco de cuidado para não sofrer
acidente ou levar uma multa (que são bem caras; são cobradas 700 coroas,
aproximadamente 300 reais, dos ciclistas que são pegos andando com as luzes da
bike apagadas de noite e 1000 coroas caso a polícia faça um flagrante do
ciclista falando no celular enquanto pedala). Devido ao baixo índice de criminalidade,
é possível andar de bicicleta em qualquer lugar e a qualquer hora sem riscos. Para
mim, até agora, essa está sendo a melhor parte de viver aqui, a liberdade de ir
e vir em qualquer momento sem medo de ser assaltado ou morto por bandidos ou pela polícia (algo infelizmente corriqueiro em muitas cidades brasileiras).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Copenhagen é considerada a cidade
mais amiga do meio ambiente no mundo. Há um amplo projeto em andamento com o objetivo de cidade totalmente neutra de emissões carbono até 2025, com ações como melhoria
do transporte público (estimulando as pessoas a não andarem de carro),
aumento do número de ciclovias (atualmente a cidade já conta com mais de 400
quilômetros de vias para bicicletas), substituição de carvão por biomassa (utilizado para geração de eletricidade e aquecimento),
dentre diversas outras medidas. Uma que merece destaque é fazendo eólica que
foi construída em 2001 ao largo da costa de Copenhagen e é responsável por
cerca de 4% da energia da cidade e 30% da energia do país. O objetivo do governo é fazer com que esse tipo de energia seja a fonte de 50% da energia utilizada na Dinamarca até
2020. Além de investimentos na matriz energética, vários anos de substancial suporte financeiro no tratamento de
esgoto melhorou a qualidade da água nos portos de uma forma que hoje em dia é possível nadar na maioria deles (algo impensável nos portos brasileiros).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdH56KJ_d8TjwFROYQ6DKuAMfKmSXPVOGXas7PotuxevJfitbIAA3CF0E3IhaASg_wEMJBK3djl60xFuaGVQ9HhcV0Ub1Gl6QijGaKoxtJx3PpwLdfvrjo30LeJrQVr1KfUIcOHowyt4ND/s1600/WindTurbines.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdH56KJ_d8TjwFROYQ6DKuAMfKmSXPVOGXas7PotuxevJfitbIAA3CF0E3IhaASg_wEMJBK3djl60xFuaGVQ9HhcV0Ub1Gl6QijGaKoxtJx3PpwLdfvrjo30LeJrQVr1KfUIcOHowyt4ND/s1600/WindTurbines.jpg" height="220" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parque eólico Middelgrunden, Copenhagen. Foto: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Wind_power_in_Denmark">Wikipedia</a></td></tr>
</tbody></table>
Copenhagen é um grande modelo a
ser seguido em ações contra a poluição, contribuindo de forma exemplar para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa. Está
sendo uma ótima experiência, tanto pessoal quanto profissional, viver
aqui e pretendo em outras postagens compartilhar mais informações. Vou falar muito de Copenhagen, da Dinamarca e da Europa, mas sempre fazendo um paralelo com o Brasil na esperança de um dia também termos sistemas
sustentáveis eficientes e cidades seguras como essa e outras por aqui. Espero
que gostem e que seja útil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Vi ses!<o:p></o:p></i></div>
Gustavo Mirandahttp://www.blogger.com/profile/18340601935695329670noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-44247997630936855642014-03-02T16:59:00.000-03:002014-04-23T09:50:07.729-03:00Quadrinhos e zoologia parte 3<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Histórias em quadrinhos ou gibis (HQs) fazem parte da
vida de todos nós. Independente da idade, o fascínio por esse meio de
comunicação sobrevive por gerações. Os gibis são muito mais do que
histórias de fantasias criadas para entreter crianças. As HQs possuem muitos
detalhes, alusões e ideias sofisticadas, e essas abordagens podem ser
aproveitadas de diversas formas, inclusive na sala de aula como uma alternativa
para despertar o interesse e prender a atenção dos alunos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nesse sentido, o professor da disciplina Zoologia de
Artrópodos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Elidiomar
Ribeiro da Silva, decidiu inovar na sua abordagem de ensino dos insetos,
crustáceos, aracnídeos e miriápodes. Ele propõe aos alunos que escolham um
personagem de HQ que tenha sido inspirado em algum artrópode e que façam uma
análise das características presentes nesses heróis e vilões. Com isso, ele
consegue que os alunos busquem informações sobre a morfologia e
comportamento dos animais de uma maneira completamente descontraída.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Isso é feito há mais de dois anos pelo professor e já
existe um extenso banco de dados que conta com mais de 150 personagens catalogados. Isso só
nos universos DC e Marvel. Dentre os insetos, por exemplo, 93 personagens de
composição inspirada em algum hexápodo já foram identificados. Uma análise mais
detalhada sobre presença dos insetos nos quadrinhos foi apresentada pelo
professor em colaboração com alunos no <a href="https://sites.google.com/site/entomorio/home">II Simpósio de Entomologia do Rio de Janeiro</a> (II Entomorio) realizado em setembro de 2013.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Análises foram aplicadas para verificar se a diferença
no número de personagens com inspiração em insetos entre às editoras DC e
Marvel era significativa e se a diferença no número de heróis e vilões apresentava
suporte estatístico. Em ambos os casos o resultado foi não significativo. A
diferença do número de heróis e vilões não ser significante foi surpreendente, já
que era esperado um número de vilões muito maior que o de heróis uma vez que os insetos costumam ser considerados “nocivos” pelo público em geral (o valor
encontrado foi de 47 vilões contra 36 heróis; alguns personagens foram considerados de posicionamento variável, como a Angel (Avengers (Vol. 1) 264 (1986)) e a Jaqueta Amarela (New X-Men (Vol.1) 118 (2001)), e outros de posicionamento indefinido, como a Chrysalis (Justice League Quaterly 17 [1994])).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quanto à classificação taxonômica, os personagens analisados
foram baseados majoritariamente em ordens de Holometabola (Coleoptera, Diptera,
Hymenoptera, Lepidoptera, Mecoptera, Megaloptera, Siphonaptera) em relação às
demais (Blattaria, Ephemeroptera, Hemiptera, Isoptera, Mantodea, Odonata,
Orthoptera, Zygentoma).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Elidiomar e seu grupo concluíram ainda que, apesar do
grande número de personagens com inspração em insetos, pouquíssimos são aqueles
de reconhecido destaque. Na DC os únicos que podem ser considerados do primeiro
escalão são o Besouro Azul II (Ted Kord) e o Besouro Azul III (Jaime Reyes). Na
Marvel, merecem destaque apenas o Homem-Formiga I (Hank Pym) e a Vespa (Janet
van Dyne). Na sua grande maioria os personagens são secundários, com
participações esporádicas ou pontuais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Abaixo, alguns personagens e suas respectivas inspirações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI5ZhIrJ_1ER4QnsDTBzAYfkgiLalTaFMZHlav2VzLvPJrX03cSiHItkfTPnMzlJAATJQA-AbU7iVdi8e7xIxPK-xLjo2wGycmK4DyVOkGVCnt_haoHGFLtHEmgdGkT6S3qsI7JL_R4aKZ/s1600/dc+-+Hellgrammita2+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI5ZhIrJ_1ER4QnsDTBzAYfkgiLalTaFMZHlav2VzLvPJrX03cSiHItkfTPnMzlJAATJQA-AbU7iVdi8e7xIxPK-xLjo2wGycmK4DyVOkGVCnt_haoHGFLtHEmgdGkT6S3qsI7JL_R4aKZ/s1600/dc+-+Hellgrammita2+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<b style="text-align: justify;">Personagem:</b><span style="text-align: justify;"> Hellgrammita (Hellgrammite), Roderick Rose</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> DC</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Vilão</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Lacrau</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Megaloptera</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Características </b><b>entomológicas</b><b> no
personagem:</b> presença de antenas e exoesqueleto; ausência de voo e seis
pernas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtQQQfvU-xeH3ur26La1jvzJdFoOA8kv4Rro4kbltrKaKsjsYXMmZR2LRIrztzeMLvtjZqUvvfE1x6G9PLEZfmZwmtUSisQJxJ1JqYb0iEc8bgYFyaTUEXehpRAbf4Izo0P62gnck4u9W1/s1600/dc+-+Mariposa-Assassina+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtQQQfvU-xeH3ur26La1jvzJdFoOA8kv4Rro4kbltrKaKsjsYXMmZR2LRIrztzeMLvtjZqUvvfE1x6G9PLEZfmZwmtUSisQJxJ1JqYb0iEc8bgYFyaTUEXehpRAbf4Izo0P62gnck4u9W1/s1600/dc+-+Mariposa-Assassina+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<b style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Personagem:</span></b><span lang="EN-US" style="text-align: justify;"> Mariposa Assassina (Killer Moth),
Drury Walker</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> DC</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Vilão</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Mariposa</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Lepidoptera</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Características entomológicas no personagem:</b>
presença de voo, antenas, e exoesqueleto; ausência de seis pernas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIg-dfr6PLim1EY07Jw9ceDb_P0HDF9D6SD5d9vj0AJGQ6FioYfI1zPPSUwGM46DLZA577G6bDUpgHvSqn1LD9IEoBG0mLcLd0wyFdiHbPK_07XkFa5_faJ9uN25T7AXU-ofiW1pmj-B20/s1600/dc+-+besouro+azul+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIg-dfr6PLim1EY07Jw9ceDb_P0HDF9D6SD5d9vj0AJGQ6FioYfI1zPPSUwGM46DLZA577G6bDUpgHvSqn1LD9IEoBG0mLcLd0wyFdiHbPK_07XkFa5_faJ9uN25T7AXU-ofiW1pmj-B20/s1600/dc+-+besouro+azul+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<br />
<b style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Personagem:</span></b><span lang="EN-US" style="text-align: justify;"> Besouro azul (Blue Beetle), Jaime Reyes</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> DC</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Herói</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Besouro</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Coeloptera</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Características entomológicas no personagem:</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
presença de voo e exoesqueleto; ausência de antenas e seis pernas.</div>
<br />
<b style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><br /></span></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Sqpf4fZ-hYwIEvMG_IDNnzjZdCz_ylPUqWPCTKnOB-7gmrtaNzmoPFVFNfobCXRiNpAyh7O5TQy3Myy6xk-ImKDMArXmCBqiah-viEcEajFm_s-sNhjWoHtCJBEVV0k7Lt0lAoFNTJ-X/s1600/marvel+-+Homem-Formiga+I+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Sqpf4fZ-hYwIEvMG_IDNnzjZdCz_ylPUqWPCTKnOB-7gmrtaNzmoPFVFNfobCXRiNpAyh7O5TQy3Myy6xk-ImKDMArXmCBqiah-viEcEajFm_s-sNhjWoHtCJBEVV0k7Lt0lAoFNTJ-X/s1600/marvel+-+Homem-Formiga+I+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<b style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Personagem:</span></b><span lang="EN-US" style="text-align: justify;"> Homem Formiga I (Ant-Man), Hank Pym</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> Marvel</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Herói</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Formiga</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Hymenoptera, Família Formicidae</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Características
entomológicas no personagem:</b> presença de antenas;
ausência de seis pernas e exoesqueleto.<span style="color: #7030a0;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEl2S4GXbID0MDMQGH9Q1uf1Ta1QKbx72s9mwqeDEs5MhK7SffjCGQO8FY2wg6NVfnNpIDDCwN7uV-XZPbnp6h7CbhkQU36xeHLJjcUvsOuti0lYBT92L2vrT0AnXl90F6LUm2iNyhc1c2/s1600/marvel+-+Libelula+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEl2S4GXbID0MDMQGH9Q1uf1Ta1QKbx72s9mwqeDEs5MhK7SffjCGQO8FY2wg6NVfnNpIDDCwN7uV-XZPbnp6h7CbhkQU36xeHLJjcUvsOuti0lYBT92L2vrT0AnXl90F6LUm2iNyhc1c2/s1600/marvel+-+Libelula+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a><br />
<b style="text-align: justify;">Personagem:</b><span style="text-align: justify;"> Libélula (Dragonfly), Veronica Dultry</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> Marvel</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Vilão</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Libélula ou lavadeira</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Odonata</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Características entomológicas no personagem:</b> presença
de voo e antenas; ausência de seis pernas e exoesqueleto.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLIeZUr6waGL8NUbrhciciCl4d4Bu_28DbZ4jCIFe_mXqtLUjG26dzmEU4Ylp-v4weq7fdFYIheNQeWaYO5gQ3LjX4-Y4lQaIyL53GQiBU36FFLVWh3k19mLCwMsNIJ7ts7jNfYLCeo_eN/s1600/marvel+-+vespa+prancha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLIeZUr6waGL8NUbrhciciCl4d4Bu_28DbZ4jCIFe_mXqtLUjG26dzmEU4Ylp-v4weq7fdFYIheNQeWaYO5gQ3LjX4-Y4lQaIyL53GQiBU36FFLVWh3k19mLCwMsNIJ7ts7jNfYLCeo_eN/s1600/marvel+-+vespa+prancha.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Personagem:</b> Vespa (Wasp), Janet Van Dyne</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Editora:</b> Marvel</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Posicionamento:</b> Herói</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Inspiração:</b> Vespas</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>Classificação:</b> Ordem Hymenoptera</div>
<b style="text-align: justify;">Características entomológicas no personagem:</b><span style="text-align: justify;"> presença de voo e antenas; ausência de seis pernas e
exoesqueleto.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O grupo também desenvolveu outros trabalhos analisando a zoologia de um modo geral e os aracnídeos nos quadrinhos, trabalhos esses que também foram apresentados em congressos científicos. Mais informações <a href="http://biodevaneios.blogspot.dk/2011/07/quadrinhos-viram-tema-de-estudo-sobre.html">aqui</a> para a zoologia e <a href="http://biodevaneios.blogspot.dk/2014/02/quadrinhos-e-zoologia-parte-2.html">aqui</a> para os aracnídeos.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fonte das fotos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><a href="http://thesmallermajority.com/category/insects/megaloptera/">Megaloptera (<i>Corydalus </i>sp.)</a>, <a href="http://www.warrenphotographic.co.uk/13851-november-moth">Lepidoptera (<i>Epirrita dilutata</i>)</a>, <a href="http://www.itsadansworld.net/2010/07/worlds-top-10-real-life-blue-beetles.html">Coleoptera azul (<i>Eupholus amalulu</i>)</a>, Hymenoptera formiga (<a href="http://www.sbs.utexas.edu/fireant/">aqui</a>), Odonata (<a href="http://csbrj4manha.blogspot.dk/2013/06/libelula.html">aqui</a><span id="goog_1664212393"></span><span id="goog_1664212394"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a>) e Hymenoptera vespa (<a href="http://taixdoido.blogspot.dk/2010/09/curiosidades-abelhas.html">aqui</a>)</span></div>
Gustavo Mirandahttp://www.blogger.com/profile/18340601935695329670noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-90189699218899941322014-02-23T06:57:00.001-03:002014-02-23T08:26:30.485-03:00Um pedido das estrelas: o Planetário Digital<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimgMo27KCrhtxaerUYVE5m0SNJVntVofyJwTrW5OUqygDZVSoimo4LVZluwgx_lwR88yRw6S3jrN68huCTSkheof_RbkrpIp5bxYVMLTtlzsha2MKvIDr16IG_FE_xgdib8DeLzDPisK9h/s1600/C0103904-Milky_way_galaxy%252C_artwork-SPL.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimgMo27KCrhtxaerUYVE5m0SNJVntVofyJwTrW5OUqygDZVSoimo4LVZluwgx_lwR88yRw6S3jrN68huCTSkheof_RbkrpIp5bxYVMLTtlzsha2MKvIDr16IG_FE_xgdib8DeLzDPisK9h/s1600/C0103904-Milky_way_galaxy%252C_artwork-SPL.jpg" height="228" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A espiralada via láctea.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Astronomia estuda, dentre diversos assuntos, a origem e evolução do universo e, apesar de ser uma das
ciências mais antigas do mundo e de ser fascinante, o ensino de Astronomia no Brasil é feito de forma superficial e com base em concepções
alternativas de professores e alunos. Essas concepção prévias do universo são muitas vezes corroboradas por conceitos errados presentes nos próprios livros didáticos e na fala dos docentes. Nos últimos anos, astrônomos de todo o Brasil têm somando grande esforço para mudar esse cenário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns <b>erros conceituais comuns </b>presentes nos livros e nos discursos dos professores são a
<b>atribuição das diferenças entre as estações do ano à distância da Terra em
relação ao Sol</b> (sabe-se que a causa principal das estações do ano se deve ao
fato da variação de calor recebida pelos diferentes hemisférios da Terra em função
das diferentes posições desses hemisférios em relação ao Sol ao longo de um ano
completo), <b>a interpretação das fases da Lua como sendo eclipses lunares
semanais</b> (quando na verdade essas fases ocorrem devido à Lua mudar a sua
aparência em razão do seu movimento em torno da Terra, em relação ao Sol, que
ilumina determinadas porções da Lua, ao orbitar o nosso planeta), <b>a concepção da
existência de estrelas entre os planetas do Sistema Solar</b> (as estrelas estão a
distâncias bem superiores as do Sol em relação à Terra), dentre diversos outros equívocos comuns nos livros escolares e na fala dos docentes. Em
adição a isso, os livros e os mestres muitas vezes falham de forma exemplar no incentivo à
observação prática de fenômenos astronômicos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para mudar essa realidade, astrônomos buscam
meios de capacitar professores do ensino fundamental e médio e levar a ciência
para os colégios como uma tentativa de tornar o assunto mais atrativo para as
crianças e adolescentes e para os educadores. Nesse sentido, a <a href="http://www.sab-astro.org.br/">Sociedade Astronômica Brasileira</a> realiza desde 1998 a <a href="http://www.oba.org.br/site/">Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)</a> que busca capacitar os mestres e encorajar os alunos interessados no assunto a aprofundar seus conhecimentos através
de uma competição.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A olimpíada é realizada com a
aplicação de provas para diferentes níveis que vão desde o ensino fundamental
até o ensino médio, além da realização de atividades práticas noturnas e
diurnas, como a localização de constelações, a construção de um relógio solar e
a comparação dos volumes entre a Terra e a Lua. No final da disputa, os alunos
são premiados com medalhas e certificados de participação. Aqueles que se destacam são selecionados para participar da <a href="http://www.issp.ac.ru/iao/">Olimpíada Internacional de Astronomia</a>,
que em 2014 vai acontecer no Quirguistão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A OBA do próximo ano (2015) provavelmente vai contar com uma grande novidade, um <b>PLANETÁRIO
DIGITAL</b>. Esse planetário será uma estrutura inflável itinerante que terá apresentações
audiovisuais interativas e educativas. O principal objetivo é preparar professores e
educar os jovens, fazendo com que o ato de olhar para o céu se torne rotineiro e a Astronomia um assunto familiar para todos. Para que isso se torne realidade, os organizadores da Olimpíada
estão arrecadando fundos para a compra do equipamento e você pode ajudar
diretamente fazendo uma doação da quantia que quiser e puder. É só acessar esse link:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="color: #bf9000; font-size: large;"><a href="http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=249365">http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=249365</a></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="color: orange; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRVf1ZlfWvFNOHd-iiDYk8JOll_wwQljHJSQKZTXFaGwyLDRvrgrF18g5S0aXA8VpEFT52EtzqrSn7VZNl3p_I8ResPbqI51y8rutvq8K-fJ1i_oLzZzNKAODCLVOF_OI3ytiU8kWPwRwC/s1600/planetario+digital.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRVf1ZlfWvFNOHd-iiDYk8JOll_wwQljHJSQKZTXFaGwyLDRvrgrF18g5S0aXA8VpEFT52EtzqrSn7VZNl3p_I8ResPbqI51y8rutvq8K-fJ1i_oLzZzNKAODCLVOF_OI3ytiU8kWPwRwC/s1600/planetario+digital.jpeg" height="213" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Planetário digital. </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;">Ajudando essa causa você vai
contribuir diretamente para um ensino básico melhor e mais completo para milhões de crianças
e adolescentes no Brasil e vai estimular professores e futuros educadores a ensinarem de forma correta e mais entusiasmada essa disciplina tão fascinante. Ajude a mudar cara do ensino brasileiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Para entender porquê a OBA está fazendo essa vaquinha </span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">leia </span><a href="http://meiobit.com/279622/colabore-com-a-olimpiada-brasileira-de-astronomia-que-precisa-de-um-planetario-digital/" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">esse texto </a><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">do blog Meio Bit e </span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">assista </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=bp1Z_INGnzk&list=UUdGpd0gNn38UKwoncZd9rmA&feature=c4-overview" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">este vídeo</a><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> do Pirulla</span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Para ler mais sobre dificuldades interpretadas nos discursos
de professores em relação ao ensino de Astronomia, clique <a href="http://www.relea.ufscar.br/num2/A3%20n2%202005.pdf">aqui </a>e <a href="http://www.scielo.br/pdf/rbef/v31n4/v31n4a14.pdf">aqui</a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Para saber mais sobre erros conceituais comuns presentes em
livros didáticos de ciências, clique <a href="http://www.scielo.br/pdf/rbef/v31n4/v31n4a14.pdf">aqui</a>.</span><br />
<a name='more'></a></div>
Gustavo Mirandahttp://www.blogger.com/profile/18340601935695329670noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-39727985913426827482014-02-18T19:08:00.002-03:002014-02-18T19:09:32.287-03:00[Zoologia em foco #1] O tamanduaí<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI4W5CGMMuPG-ms0UlWItDHhWGDRybGTvoWHj8q-CTzFo3ucNLdu4BF-yKMsnl-c3_7hGhisfW5fzAv813JrEU8zyriqP0PnSeyz-pkHVMvoa5HamyzABjUNnaiO2MHXN-f0Hctkv-0Rlj/s1600/Lingua-do-tamandua-bandeira_www.animaisemdestaque.com(barra)tamandua-bandeira(barra)lingua-do-tamandua-bandeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI4W5CGMMuPG-ms0UlWItDHhWGDRybGTvoWHj8q-CTzFo3ucNLdu4BF-yKMsnl-c3_7hGhisfW5fzAv813JrEU8zyriqP0PnSeyz-pkHVMvoa5HamyzABjUNnaiO2MHXN-f0Hctkv-0Rlj/s1600/Lingua-do-tamandua-bandeira_www.animaisemdestaque.com(barra)tamandua-bandeira(barra)lingua-do-tamandua-bandeira.jpg" height="284" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tamanduá bandeira e sua língua comprida.<br />
Foto: <a href="http://www.animaisemdestaque.com/">Animais em destaque</a>.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os tamanduás são interessantes
mamíferos que podem ser facilmente identificados por várias características,
como a cabeça alongada, a boca desprovida de dentes<b> </b>e
uma língua muito comprida e pegajosa.
O mais famoso desses animais é o tamanduá-bandeira (<i>Myrmecophaga tridactyla </i>Linnaeus, 1758) que é conhecido devido
a sua beleza e grande tamanho. Porém, dentro do grupo que inclui todas as
espécies de tamaduás (a ordem Pilosa, subordem Vermilingua) existem outras três
espécies de animais igualmente bonitos e interessantes, que são o tamanduaí<i> </i>(<i>Cyclopes
didactylus </i>(<a href="http://www.biodiversitylibrary.org/item/80764#page/45/mode/1up">Linneus, 1758</a>)), <o:p></o:p>o tamanduá-do-norte<i> </i>(<i>Tamandua mexicana </i>(Saussure, 1860);<i>
</i>única espécie que não ocorre no Brasil) e o tamanduá-mirim ou
tamanduá-de-colete (<i>Tamandua tetradactyla </i>(Linneus, 1758)).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O tamanduaí é um pequeno mamífero
(possui cerca de 50 cm de comprimento) que habita áreas florestadas desde o
México (região mais ao norte) até a Bolívia, passando pela Colômbia, Venezuela,
Trinidad, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Brasil. <a href="http://maps.iucnredlist.org/map.html?id=6019">Nesse link</a> pode ser visualizado
um mapa que mostra toda a área de distribuição da espécie. </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi13uPYYkILy7a7SvX1DJOwW6R4XycBAXgChmCAyJoxmuaruOttsQrSnj5mN4ldZ6z4KEz7dtUeC3KNWYXWnsqJmB5JHdvV_lKqgl_2E3UZttWingtbVyRCCVzNZX29LX7Av31j7Sg2MFAz/s1600/tamandua%C3%AD_by_Pedro+Freire+Dias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi13uPYYkILy7a7SvX1DJOwW6R4XycBAXgChmCAyJoxmuaruOttsQrSnj5mN4ldZ6z4KEz7dtUeC3KNWYXWnsqJmB5JHdvV_lKqgl_2E3UZttWingtbVyRCCVzNZX29LX7Av31j7Sg2MFAz/s1600/tamandua%C3%AD_by_Pedro+Freire+Dias.jpg" height="320" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tamanduaí em sua típica posição de defesa. <br />
Foto: Pedro Freire Dias</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No nordeste
Brasileiro existe uma população que está separada das outras por mais de 1000
km. Como essa área sofre intenso desmatamento, esse grupo de indivíduos está
sob séria ameaça de extinção. Já o restante das populações de tamanduaí possui grande área de
distribuição, principalmente na bacia amazônica, e havendo pouca preocupação quanto
a seu risco de extinção. Infelizmente, em algumas áreas é comum encontrar esses animais mantidos em cativeiro e, uma vez encarcerados, esses animais morrem em poucos dias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A biologia de populações
selvagens é pouco conhecida. Sabe-se que os tamanduaís são animais noturnos, arborícolas,
que os machos são solitários e que as fêmeas dão à luz a somente um filhote por
ano. Machos e fêmeas são territorialistas; o território de uma fêmea não cruza com o de outra e o espaço do macho geralmente
abrange o de duas ou três fêmeas, de tal forma que ele sempre tem fêmea(s) a
sua disposição. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O principal alimento dos <i>Cyclopes didactylus</i> são
formigas e cupins, mas outros insetos, como abelhas, também podem entrar na sua dieta. A cauda é preênsil e auxilia o animal a caminhar sobre galhos. Nas patas dianteira estão presente duas garras grandes e proeminentes que são utilizadas para abrir cascos de árvores, cupinzeiros e formigueiros em busca de alimento e para proteção quando se sentem ameaçados. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Fonte e mais informações:</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Superina, M., F.R. Miranda, & A.M. Abba
(2010). <a href="http://www.xenarthrans.org/resources/bibliography/3Edentata%2011(2).pdf">The 2010 Anteater Red List Assessment</a>. </span><i>Edentata </i>11(2): 96-114.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Eisenberg, J.F. & Redford, K.H. (1999). <a href="http://books.google.dk/books?id=p2MDAzCeQQoC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q=cyclops%20dydactylus&f=false">"Mammalsof the Neotropics, Volume 3: The Central Neotropics: Ecuador, Peru, Bolivia,Brazil."</a></span></div>
Gustavo Mirandahttp://www.blogger.com/profile/18340601935695329670noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-12038946059015008802014-02-17T20:11:00.001-03:002014-02-17T20:18:32.891-03:00Quadrinhos e zoologia parte 2<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem acompanha o blog lembra que
<a href="http://biodevaneios.blogspot.com.br/2011/07/quadrinhos-viram-tema-de-estudo-sobre.html">há alguns anos</a> um trabalho muito interessante e inovador integrando a zoologia e o mundo das Histórias
em Quadrinhos (HQs) foi apresentado num evento científico da Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Esse projeto de investigar a associação de
personagens das HQs com a zoologia continua a pleno vapor encabeçado pelo
professor Elidiomar Ribeiro da Silva e anda rendendo muitos frutos. Outros trabalhos abordando o mesmo tema foram apresentados em eventos regionais
no Rio de Janeiro e nesse ano de 2014 o projeto foi levado para o <a href="http://www.cbz2014.com.br/">XXX Congresso Brasileiro de Zoologia</a>. Dessa vez o tema central foram os aracnídeos e o resumo enviado para o evento nacional foi intitulado “Os aracnídeos
como inspiração para personagens dos universos DC e Marvel”. Como era de se
esperar, o poster apresentado foi um sucesso e teve enorme repercussão. Como resultado, o ilustre professor
Elídiomar foi contatado e concedeu uma excelente entrevista para o blog <a href="http://genereporter.blogspot.com.br/">Gene Repórter</a>, na qual
fala sobre o trabalho exposto e a importância do uso de HQs no ensino de ciências. Vale
a pena conferir!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b><span style="color: #bf9000; font-size: large;">Entrevista com um entomólogo - Elidiomar Silva</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjnJ3VrdVY31kPlHPk1KrN-lQWeLjb5Bgl9GI3aCYIHRrr7WBNUrwZymLMT6pNh6THHnBfCYkpsQN9m-oRtf8UIdEH6OTmMoHToFz1iz6AWlwYyQHVYSR-FpMyOHSou9FA3bQrJICS4nX/s1600/Os+aracn%C3%ADdeos+na+composi%C3%A7%C3%A3o+de+personagens+dos+universos2.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjnJ3VrdVY31kPlHPk1KrN-lQWeLjb5Bgl9GI3aCYIHRrr7WBNUrwZymLMT6pNh6THHnBfCYkpsQN9m-oRtf8UIdEH6OTmMoHToFz1iz6AWlwYyQHVYSR-FpMyOHSou9FA3bQrJICS4nX/s1600/Os+aracn%C3%ADdeos+na+composi%C3%A7%C3%A3o+de+personagens+dos+universos2.JPG" height="400" width="325" /></a></div>
<div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
O <a href="http://lattes.cnpq.br/5241943666178242">Prof. Dr. Elidiomar Ribeiro da Silva</a> é
entomólogo da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Recentemente, no <a href="http://www.cbz2014.com.br/"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">XXX Congresso Brasileiro de Zoologia</span></a>, seu
grupo apresentou um trabalho inusitado no sisudo meio acadêmico: uma análise
demográfica de personagens de quadrinhos de super-heróis das duas principais
editoras do ramo (Marvel Comics e DC Comics) inspirados em aracnídeos. Foi o <a href="https://twitter.com/luizbento/status/431535460587167744"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Luiz Bento</span></a>, do <a href="http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Discutindo Ecologia</span></a>, quem me chamou a
atenção para o trabalho.<br />
<br />
Abaixo reproduzo a íntegra da entrevista gentilmente concedida via email por
Elidiomar Silva (e, ao fim, o resumo do trabalho).<br />
<br />
<a href="http://genereporter.blogspot.com.br/2014/02/entrevista-com-um-entomologo-elidiomar.html"><span style="font-size: large;">Continue lendo aqui.</span></a></div>
</div>
</div>
<div>
</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-6192590988992052742013-11-21T09:46:00.001-02:002013-11-21T09:49:08.421-02:00Extinto ou não extinto?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: x-small;">por <b>Gustavo Miranda</b></span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCM0vUNTicZ-BjtKqSKrufgE0VO8y5D8VvVGRfLr49q0iXKBpIujq5VF83QcYSxdefvGoQP7ZKgeKhpzdTZWCJQsMb_qsqveESvMDtBkfYm4QRpeUEK5ssCwQjJMaqOvGrepUxMFYzXc0b/s1600/pagina_direito_de_viver.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCM0vUNTicZ-BjtKqSKrufgE0VO8y5D8VvVGRfLr49q0iXKBpIujq5VF83QcYSxdefvGoQP7ZKgeKhpzdTZWCJQsMb_qsqveESvMDtBkfYm4QRpeUEK5ssCwQjJMaqOvGrepUxMFYzXc0b/s320/pagina_direito_de_viver.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Luto pela extinção de <i>Neofelis nebulosa</i>. <br />
Fonte: <a href="https://www.facebook.com/pages/Direito-de-Viver/423771731050140">Direito de Viver</a>.</td></tr>
</tbody></table>
Há
uma imagem circulando pela <a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=%20504939506266695&set=a.423778737716106.1073741826.423771731050140&type=1&ref=nf">Internet</a> que mostra o deslumbrante felino <i>Neofelis
nebulosa </i>com uma declaração de luto devido à extinção da espécie. Essa
notícia saiu na mídia em maio deste ano, mas só tive <span style="text-align: left;">conhecimento recentemente.
Dei uma procurada e descobri alguns detalhes que gostaria de expor aqui, pois
na verdade, a <b>espécie não está extinta</b>.</span></div>
<br />
<span style="text-align: justify;">Como
todo grande felino, o leopardo-nebuloso tem uma ampla distribuição. Ele ocorre
no Sudeste Asiático e no Himalaia (sul da China, Butão, Nepal, nordeste da
Índia, Myanmar, Tailândia, Vietnam, Malásia, Camboja, Laos e Bangladesh).</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGtBFCuGd1KyYtk6xbXNZ0roHEWYo0JoDKx-ybSYAey7nx0Lc1ht6pNyT6W-m3Ly71YwYDEy9cykBXRrvVINh5Re1Qq8sD4hfwLr1Tj6Ifp-acxrrN_uVV-pfKXGJLuJXpcpCAG5NKzhyphenhyphenE/s640/distribuicao_wwf.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Área de distribuição de <i>Neofelis nebulosa</i>. Fonte: <a href="http://wwf.panda.org/what_we_do/endangered_species/clouded_leopard">WWF</a>.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Há
alguns anos especialistas em felinos analisaram populações de <i>Neofelis nebulosa</i> de diferentes
localidades e consideraram que algumas das aglomerações do leopardo-nebuloso
apresentavam diferenças morfológicas. Com isso, eles dividiram a espécie amplamente distribuída em três subespécies: <i>N. nebulosa nebulosa, N. nebulosa brachyurus</i> e<i> N. nebulosa macrosceloides </i>(uma quarta subespécie, <i>N. nebulosa diardi</i>, é atualmente considerada como
uma espécie diferente (<i>Neofelis diardi</i>), como foi originalmente proposto por <a href="http://www.plosbiology.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pbio.0050194">Cuvier (1823)</a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
“espécie” extinta à qual a imagem que está circulando na Internet se refere é, na
verdade, à subespécie <i>N. nebulosa
brachycephalus</i>,<i> </i>que ocorre em Taiwan.
Há biólogos que consideram que o nível taxonômico subespécie não existe, isso
é, eles levam em conta somente a classificação até o nível de espécie. Se isso for considerado, pode-se dizer que "apenas" a população que ocorria em Taiwan foi extinta
e não a espécie como um todo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Independente
do nível taxonômico, a extinção é lamentável e digna de
pesar. O que está acontecendo com a <i>Neofe<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4688057660207192711" name="_GoBack"></a>lis nebulosa </i>(a fragmentação e destruição do seu habitat)
é uma lástima e deve ser cessado imediatamente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Acredito que a mensagem na imagem tenha sido escrita com a intenção de impactar para chamar atenção e denunciar os terríveis impactos ambientais que o homem está causando ao meio ambiente. Contudo, é sempre bom levar em conta os detalhes para não obter e passar informações mutiladas.</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-24584260583016435592013-11-20T21:04:00.003-02:002013-11-20T21:06:27.381-02:00Pensamentos e pensadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEi-EueVcWpuOpjR-yphHU5YoU9LlnX-it_BeExfWd7oYDs5LTpiSL8J27dPeGE8bbayFFZc2gr0hePwtm9xp6NZP6URvVLm5wwFiz0NaSBZ3TEGSinqhwJgMQOP05wUsAIUyrndL6nm0J/s1600/C0169672-Octopus_suckers%252C_SEM-SPL.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEi-EueVcWpuOpjR-yphHU5YoU9LlnX-it_BeExfWd7oYDs5LTpiSL8J27dPeGE8bbayFFZc2gr0hePwtm9xp6NZP6URvVLm5wwFiz0NaSBZ3TEGSinqhwJgMQOP05wUsAIUyrndL6nm0J/s200/C0169672-Octopus_suckers%252C_SEM-SPL.jpg" width="166" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Algumas medidas são cruciais para nossa compreensão do universo. Qual é, por exemplo, o diâmetro médio da Terra? É 12,742 quilômetros. Quantas estrelas existem na Via Láctea? Aproximadamente 10^11. </i><i>Quantos genes existem num vírus? São 10 (no fago </i><span style="text-align: left;"><i>φX174</i></span><i>). Qual a massa de um elétron? É de 9,1x10^-28 gramas. E quantas espécies de organismos existem na Terra? Nós não sabemos, nem mesmo na mais aproximada ordem de grandeza.</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
E.O. Wilson <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Osborne_Wilson">[1]</a><a href="http://eowilsonfoundation.org/">[2]</a><a href="http://www.mcz.harvard.edu/Departments/Entomology/wilson_e_o.html">[3]</a>, <a href="http://www.issues.org/19.4/updated/wilson.html">1985</a>, p. 21.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
p.s.: apesar de relativamente antiga, a afirmação de Wilson não deixou de ser atual; contudo, dispomos de uma estimativa recente da diversidade na Terra: Mora <i>et al</i>, 2011. <a href="http://www.plosbiology.org/article/info:doi/10.1371/journal.pbio.1001127">How many species are there on Earth and on the Ocean?</a> <i>Plos Biology</i>, 9(8).</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-9111880263580303002013-07-11T20:12:00.000-03:002013-07-11T21:34:54.161-03:00Mais uma espécie de Homo? <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: justify;">
Análise comparativa 3D confirma o status de <i>Homo
floresiensis </i>como uma espécie fóssil de <i>Homo</i>.</h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;">por Gustavo Miranda</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-YXEQ1CvlfupNu7VWlPkGGrhiesFFSQjvJVJ-3tf273THAL_tXqvyKsccipTmyIdx93ScnmpCSiTJvz9FUS8KC8KF5wqFJSpuqVox9X1yyC6L22BzKYdbnXiVMXSc5IknsowH9bYdcdjI/s1600/homo_floresiensis.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-YXEQ1CvlfupNu7VWlPkGGrhiesFFSQjvJVJ-3tf273THAL_tXqvyKsccipTmyIdx93ScnmpCSiTJvz9FUS8KC8KF5wqFJSpuqVox9X1yyC6L22BzKYdbnXiVMXSc5IknsowH9bYdcdjI/s320/homo_floresiensis.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Crânio de<i> Homo floresiensis</i>. Imagem: Brown <i>et al</i>., 2004.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 2003 foi descoberto um pequeno
crânio de hominídeo na Ilha de Flores, Indonésia, que foi atribuído e uma nova espécie chamada <i>Homo
floresiensis</i>. Esta espécie foi proposta como originária de uma população
anã de <i>Homo erectus</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após a descoberta, <i>H. floresiensis</i> teve sua validade coloca em xeque quando estudos mostraram que possivelmente o pequeno tamanho poderia ser atribuído a diversas condições patológicas que resultariam em baixa estatura, como hipotireoidismo congênito, síndrome de Laron e microcefalia. Um trabalho recente, contudo, aplicou técnicas de morfometria geométrica 3D para comparar a forma do crânio
do espécime de <i>Homo floresiensis</i> com outros fósseis humanos, assim como com
crânios modernos que sofreram de microcefalia ou outras doenças.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O estudo encontrou evidências de que <i>Homo
floresiensis</i> e espécies humanas extintas são mais proximamente relacionados
entre si do que com humanos modernos com patologia. Com isso, foi refutada a
hipótese de que esse espécime representa um humano moderno com condição
patológica, suportando a existência da espécie <i>H. </i><i>floresiensis</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Fonte:</span><br />
<a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2013/07/130710182420.htm"><span style="font-size: x-small;">http://www.sciencedaily.com/releases/2013/07/130710182420.htm</span></a><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Referências</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: x-small;">Brown P, Sutikna T, Morwood MJ, Soejono RP,
Jatmiko, Saptomo EW & Due RA (2004). <span lang="EN-US">A new small-bodied hominin
from Late Pleistocene of Flores, Indonesia. </span><i>Nature</i> 431: 1055-1061. <a href="http://www.nature.com/nature/journal/v431/n7012/full/nature02999.html" target="_blank">Acesse aqui</a> (trabalho de descrição
de <i>Homo floresiensis</i>; se não tiver acesso, baixe <a href="http://www.4shared.com/office/XaRdsWln/Brown_et_al_2004_homo_floresie.html" target="_blank">aqui</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: x-small;">Baab KL, McNulty
KP, Harvati K (2013). <i> Homo floresiensis</i><span class="apple-converted-space"> </span>Contextualized: A Geometric
Morphometric Comparative Analysis of Fossil and Pathological Human Samples. </span><i style="font-size: small;">PLoS ONE, </i><span style="font-size: x-small;">8(7): e69119. </span><a href="http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0069119#pone.0069119-Brown1" style="font-size: small;" target="_blank">Acesse aqui</a> <span style="font-size: x-small;">(trabalho
de morfometria geométrica 3D do crânio de</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: x-small;"> </span><i style="font-size: small;">H.
floresiensis;<span class="apple-converted-space"> </span></i><span style="font-size: x-small;">acesso grátis).</span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-20257074284330457552013-07-03T01:58:00.000-03:002013-07-10T22:49:24.098-03:00Boa Vista, péssima audição<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Por Gustavo Miranda</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://massilonthurler.blogspot.com.br/2011/05/sao-sebastiao-do-rio-de-janeiro.html" target="_blank"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0PWQelHaABZHaKUwc5BXRbwLjsjIJfMCKxU77W9CJjIcv4nK3fuxEy3bfqMl14FZMwZr2TUjHqJq0mo30EPB4-sEJpmEO7vx4Cn87Jd5m76rekUb3_1lkYZSgg07Sh_KRUNrzsr9VCZMM/s320/Museu+Nacional.jpg" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://massilonthurler.blogspot.com.br/2011/05/sao-sebastiao-do-rio-de-janeiro.html" target="_blank">Museu Nacional do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista.</a></td></tr>
</tbody></table>
Poucas cidades brasileiras
possuem lugares que fornecem à população contato direto com a natureza. O Rio de Janeiro é uma cidade privilegiada nesse sentido. Ela abriga uma das maiores
áreas verde urbanas do mundo, a Floresta da Tijuca, assim como diversos outros
lugares, como o Jardim Botânico, o Bosque da Barra, o Parque do Flamengo, o
Parque Henrique Lage, o Parque Municipal do Mendanha, a Quinta da Boa Vista,
além das praias do litoral carioca (são mais de 40, nem todas próprias para
banho). Esses lugares são refúgios do dia-a-dia, momentos de fuga do estresse e
da correria da vida cotidiana.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É muito bom estar no Rio de
Janeiro e poder desfrutar de todas essas belezas naturais. Em particular, me
sinto privilegiado por frequentar um lugar tão bonito e com uma história tão
importante para o país como a Quinta da Boa Vista. Além do Zoológico e do Museu
Nacional, o parque possui campos abertos, lagos, árvores e aves (além de muitos
pivetes; se for passear por lá, cuidado!). Durante os finais de semana e
feriados, muitas famílias se reúnem nessa área em São Cristóvão para um momento
de descontração, para instantes de contato com a natureza em meio à selva de
pedras. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devido a grande quantidade de
árvores e de alimentos disponíveis, as aves são encontradas em grande abundância
na Quinta da Boa Vista. Estima-se que essa área possua uma das maiores
quantidades de espécies de aves livres do Rio de Janeiro. Contudo, é uma pena
que nem todas as pessoas que lá frequentam se sintam à vontade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro dia estava entrando na
Quinta e muitas aves estavam cantando e voando de uma árvore para outra; uma
cena bonita de ser ver e ouvir. Um grupo de pessoas sentadas num dos
gramados curtindo a manhã também reparou no grupo comentou: "Nossa, que
barulho mais chato. Manda esses passarinhos calarem o bico, gritam alto pra
caramba...".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não sei se é por causa da minha
cabeça de biólogo, mas fiquei indignado com o comentário. Quem em um parque
cercado de aves se incomoda como o canto dos psitacídeos? Quer dizer que ouvir
funk, samba, pagode ou qualquer outro ritmo musical a toda altura dá pra
aturar, mas o cantarolar dos Psittaciformes incomoda o ouvidinho das
moçoilas?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;">COMO E POR QUE AS AVES
CANTAM?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2013-01-08/cientistas-reconstroem-em-3d-mecanismo-estrutural-usado-por-passaros-cantores.html" target="_blank"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOY47epVR-qqd95bCQQoz6RFDeHoUMC5R5GuyBkZeHIa2cIw3RjIFSKcNFNmcFUASJJh_VCIy37fmqMSFgFRtC3OsM5MdAtc9PWCbjbhjm8tW1_F7xfbSxTxezIC3kwDQ_txyrvyz5hNFb/s200/siringe.jpg" width="150" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2013-01-08/cientistas-reconstroem-em-3d-mecanismo-estrutural-usado-por-passaros-cantores.html" target="_blank">Reconstrução em 3D de siringe.</a></td></tr>
</tbody></table>
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]-->Os sons das aves são produzidos pela
siringe, uma estrutura formada por músculos e cartilagem localizada na traqueia.
Ela tem a mesma função que as cordas vocais nos humanos, a vocalização.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os Psittaciformes (araras,
maritacas, papagaios entre outros) possuem um amplo repertório de cantos, muito
dos quais não se conhece a função. Estudos indicam que existem cantos de
voo, de contato, de alarme, de sentinela, de aviso sobre a disponibilidade de
alimentos, de demarcação de território, de atração de parceiras dentre outros. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As pessoas que reclamam do
cantarolar dos bichos não imaginam o quanto eles (esses sim) são afetados pelos
barulhos da cidade. Isso porque para combater o excesso de ruído, as aves tendem
a aumentar a intensidade do canto ou adotar frequências mais agudas, já que o
barulho urbano tem um espectro mais grave. Logo, com os ruídos elevados, as
aves podem ser severamente prejudicadas, e as modificações no canto não são
suficientes para manter a comunicação. Calcula-se que pode haver uma redução de
1500% na distância de comunicação de algumas espécies (veja <a href="http://e-cerrado.com/ruido-atrapalha-comunicacao-das-araras/" target="_blank">aqui</a> e <a href="http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/marco2012/ju519_pag12.php" target="_blank">aqui</a>)! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente não há leis no Brasil
que protejam as aves desse tipo de interferência, ao contrário do que ocorre na
Europa, por exemplo. Em alguns países europeus, barreiras acústicas são
colocadas em rodovias ou avenidas que cortam ou passam ao lado de áreas
habitadas ou onde há fauna representativa de aves. Com isso, o som dos veículos
é refletido e retorna ao ponto da emissão, sem afetar muito o ambiente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;">POR QUE FAZEMOS TANTO BARULHO?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não temos capacidade natural de
produzir diferentes tipos de sons como as aves. Nossas cordas vocais são
limitadas à capacidade de produzir um espectro pequeno de volume e de tipos de ruídos. Por outro lado,
inventamos MUITOS aparatos para fazer e/ou que fazem barulho. Carros, motos,
ônibus, britadeiras, furadeiras, música alta... Pra se ter uma ideia, atualmente
a poluição sonora é maior que a poluição da água; ela está em segundo lugar no
ranking de poluições causadoras de doenças (atrás apenas da poluição do ar; dados
da Organização Mundial de Saúde, OMS). Os otorrinolaringologistas recomendam
que não se ouça sons <b>por tempo
prolongado</b> acima de 80 decibéis (db) (que é em torno de <b>metade</b> da capacidade máxima de
mp3, mp4, ipods, celulares, etc) caso contrário as células responsáveis por
levar a informação sonora para o nervo auditivo (que vai transportar a
informação para o cérebro) começam a se degradar levando a surdez. Em áreas
residenciais o valor máximo recomendado pela OMS é de 50 db. Contudo, buzina
de moto, barulho de caminhão, avião, britadeira e até os sons da feira passam
dos 100 db (confira <a href="http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/965926-medicoes-revelam-barulho-ensurdecedor-no-cotidiano-de-sao-paulo.shtml" target="_blank">aqui</a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT5cvOhjU6K_4HgWscs3mE1swppSz4f1dZltot4yq0M1ZOkuQsAg5783RIr_POv-ZtiaSUj-UbN24FHwotz6pj9-cgMSTQNSbuiwaECRXxqmC0lLBSwDYpqjkyZRQp19zOJ0-uSkH5wvMe/s340/trio_eletrico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT5cvOhjU6K_4HgWscs3mE1swppSz4f1dZltot4yq0M1ZOkuQsAg5783RIr_POv-ZtiaSUj-UbN24FHwotz6pj9-cgMSTQNSbuiwaECRXxqmC0lLBSwDYpqjkyZRQp19zOJ0-uSkH5wvMe/s200/trio_eletrico.jpg" width="200" /></a><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
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</w:wrap></v:imagedata></v:shape></div>
<div class="MsoNormal">
Outro mal da humanidade são os
carros que se acham trios elétricos. Há tempos isso virou moda, e muitos “machões”
equipam seus carros com enormes alto falantes e deixam o volume no máximo para
todos ouvirem sua (nunca) agradável música. Pra vocês que fazem isso, rapazes,
aí vai um dado. <a href="http://www.google.com.br/imgres?um=1&sa=N&hl=pt-BR&biw=1600&bih=775&tbm=isch&tbnid=hBAFZ5EA5-v2nM:&imgrefurl=http://www.saidomuro.com/2012/04/mentira.html&docid=0z6dy_Pry-538M&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-MaOJRs1U3b0/T3iQ2m65puI/AAAAAAAAAHU/zV9cOpIIVxc/s400/mentira.jpg&w=270&h=314&ei=n6rTUb2XAsfr0QHJmIAI&zoom=1&ved=1t:3588,r:4,s:0,i:100&iact=rc&page=1&tbnh=187&tbnw=167&start=0&ndsp=21&tx=66&ty=123" target="_blank">Pesquisas recentes</a> indicam
que o volume da música que se coloca no carro é equivalente ao volume
preenchido nas cuecas. Então fiquem atentos, pois as boates<i> </i>ambulantes que produzem podem estar
denunciando ao invés de promovendo vocês...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muita gente não sabe, mas existem
leis que regulamentam a quantidade máxima de som permitida (aqui no Rio é <a href="http://extra.globo.com/noticias/rio/confira-integra-da-lei-do-silencio-para-municipio-do-rio-de-janeiro-291115.html" target="_blank">esta</a>).
Infelizmente quase ninguém respeita essa lei. Quando nos sentimos incomodados e
ligamos para a polícia para fazer uma denúncia, simplesmente nada é feito
(experiência própria). Além de nenhum interesse dos policiais (que muitas vezes
são comprados com algumas garrafas de cerveja [também experiência própria, já vi isso acontecer]), os
policiais não contam com um decibelímetro para verificar a altura do som emitido
(aí já é querer muito...).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, a tecnologia avançou e
pouca foi a preocupação em se evitar ruídos excessivos dos equipamentos que
utilizamos. Não há preocupação nem mesmo com nosso bem estar, quanto mais com os
outros animais que nos cercam. Há o total desprezo, e esse desprezo leva a
ignorância e a ignorância leva a completa falta de admiração com o bem mais
precioso que possuímos que é nossa biodiversidade e suas nuances.<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;">ALGUMAS AVES DA QUINTA DA BOA VISTA</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj8tf0noVBarORscGHDZ83nZLlJa91CvGlN6bb4PxgFu7qfIc7yaYO9uWf1FN9jxiKdV6psgliony6Zd05IZZX7maVJZuJL2ltiFC1-YDRawYEn2uDHUZLLXGWYs6T1pH_NwMjnF8r42J6/s1256/aves.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj8tf0noVBarORscGHDZ83nZLlJa91CvGlN6bb4PxgFu7qfIc7yaYO9uWf1FN9jxiKdV6psgliony6Zd05IZZX7maVJZuJL2ltiFC1-YDRawYEn2uDHUZLLXGWYs6T1pH_NwMjnF8r42J6/s640/aves.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Fonte das fotos e mais informações sobre as aves nos links:</div>
<div class="MsoNormal">
Jandaia-da-testa-vermelha: <a href="http://www.wikiaves.com.br/jandaia-de-testa-vermelha">http://www.wikiaves.com.br/jandaia-de-testa-vermelha</a></div>
<div class="MsoNormal">
Periquito-rico:<a href="http://www.wikiaves.com.br/periquito-rico">http://www.wikiaves.com.br/periquito-rico</a></div>
<div class="MsoNormal">
Caturrita: <a href="http://www.wikiaves.com.br/caturrita?s[]=myiopsitta&s[]=monachus">http://www.wikiaves.com.br/caturrita?s[]=myiopsitta&s[]=monachus</a></div>
<div class="MsoNormal">
Periquito-de-encontro-amarelo: <a href="http://www.wikiaves.com.br/periquito-de-encontro-amarelo">http://www.wikiaves.com.br/periquito-de-encontro-amarelo</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agradecimento</div>
<div class="MsoNormal">
Gabriela Frickes - Setor Ornitologia, Museu Nacional do Rio de Janeiro/UFRJ</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="color: #365f91; mso-themecolor: accent1; mso-themeshade: 191;"><br /></span></div>
</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-86874522235696059642013-05-01T21:39:00.000-03:002013-05-01T22:13:41.838-03:00Pensamentos e pensadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHFkVQCur3rHiprwmo0BM_E6cqE_SyMw87pHWK1eCC37kw1LEum-KAbkAmqN-H_fl7JnhPXc2pMoXjDkeMzyDQhbuD0omMOGoA1nV8obXgz-4OhfPqwcF7RsIY4ew-sFnvt919vpV_pRyB/s1600/C0074267-Burning_lithium_inside_a_star%252C_artwork-SPL.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHFkVQCur3rHiprwmo0BM_E6cqE_SyMw87pHWK1eCC37kw1LEum-KAbkAmqN-H_fl7JnhPXc2pMoXjDkeMzyDQhbuD0omMOGoA1nV8obXgz-4OhfPqwcF7RsIY4ew-sFnvt919vpV_pRyB/s200/C0074267-Burning_lithium_inside_a_star%252C_artwork-SPL.jpg" width="200" /></a></div>
<i><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Vejo a natureza como uma estrutura magnífica que podemos compreender apenas imperfeitamente e que deveria inspirar em qualquer pessoa com capacidade de reflexão um sentimento de humildade"</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://einstein.biz/" target="_blank">Albert Einstein</a>, físico (1879-1955).</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-74802880309844796302012-12-13T21:24:00.002-02:002013-05-01T22:17:57.826-03:00Pensamentos e Pensadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIaH5ohf20RB5Ba_7Tg5M0h3lwtmRcoEnjIJdFvxQdj0xrc71vbLi_KhmgqaTU16iWs7PhjLhMnQgvC-i488Gna0lyerlDbIEb06eBqH-15l5Q9bKPlSvk7eu8hlzLyQUDZGa3y8ZKhgPc/s1600/C0131990-Archaeopteryx_fossil-SPL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIaH5ohf20RB5Ba_7Tg5M0h3lwtmRcoEnjIJdFvxQdj0xrc71vbLi_KhmgqaTU16iWs7PhjLhMnQgvC-i488Gna0lyerlDbIEb06eBqH-15l5Q9bKPlSvk7eu8hlzLyQUDZGa3y8ZKhgPc/s200/C0131990-Archaeopteryx_fossil-SPL.jpg" width="200" /></a>"<i>Evolução é uma teoria, mas também é um fato. E os fatos e teorias são coisas diferentes, e não estágios de uma hierarquia crescente. Fatos são os dados do mundo. E teorias são as estruturas de ideias que explicam e interpretam os fatos</i>."<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.stephenjaygould.org/">Stephen Jay Gould</a>, 1992. A Galinha e seus dentes e outras reflexões sobre a história natural, p. 254.</div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-73897763871767821272012-05-04T21:27:00.003-03:002012-05-05T13:45:13.935-03:00Descoberto o precursor da vida*<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-size: x-small;">Por Gustavo Miranda e Bruno Tinoco</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Uma pergunta
que há muito tempo intriga biólogos, químicos, físicos, filósofos ou qualquer
um que pense a respeito, é como a vida surgiu. Observamos
atualmente uma diversidade de organismos impressionante com cinco reinos
(ou mais), dezenas de filos, centenas de classes, milhares de famílias e milhões
de espécies, mas não sabemos o que iniciou nem como se originou toda essa
diversidade. Pensar qual foi o ponto de partida para tudo isso e supor como isso
ocorreu é algo realmente interessante e algumas propostas foram feitas ao longo
da história. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A vida veio na cauda de um cometa?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
As teorias em
voga tratando a respeito da origem da vida na Terra são a da Panspermia e a da Evolução
Orgânica da Matéria. A primeira assume que a vida se originou no espaço e veio
para a Terra em um meteoro, ideia que ganhou suporte após a queda de um corpo
celeste no México em 1969, o meteorito Allende, e que trouxe consigo
aminoácidos (as estruturas básicas das proteínas). Contudo, esses aminoácidos
são considerados exóticos, ou seja, não ocorrem no sistema químico das coisas
vivas desse planeta, o que diminuiu um pouco a possibilidade de a vida ter
vindo de fora de nossa atmosfera. Por conta disso, atualmente a teoria extraterrestre
da origem da vida não é considerada pela maioria dos cientistas. </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9uqRjZXnS2tlPHlXB7UKF-lKIv-nXitidfNe6AMW4hbz3XZcA4EDLhtyM4V6PNmz3D5fkQQVIcgbuZHD8kA_s-ERnAP3uCLHEDgP4Lme0jhpAe4NR_fiVmGqwP9me6pOMRHhWsuQZG5j/s1600/Stanley_Lloyd_Miller,_1930.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9uqRjZXnS2tlPHlXB7UKF-lKIv-nXitidfNe6AMW4hbz3XZcA4EDLhtyM4V6PNmz3D5fkQQVIcgbuZHD8kA_s-ERnAP3uCLHEDgP4Lme0jhpAe4NR_fiVmGqwP9me6pOMRHhWsuQZG5j/s320/Stanley_Lloyd_Miller,_1930.jpg" title="" width="232" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stanley Miller e seu experimento em 1930.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A outra teoria,
a da Evolução Orgânica da Matéria, é amplamente aceita sendo inclusive ensinada
nos livros de ensino fundamental e médio. Ela é popularmente conhecida como a hipótese
de Oparin-Haldane. Essa teoria diz que a atmosfera Pré-Cambriana (a mais antiga
das eras) era composta por hidrogênio, metano, água, dióxido de carbono,
nitrogênio e amônia. Esses gases expostos a altas temperaturas e sendo
constantemente atingidos por descargas elétricas (raios) originaram, depois de
milhões de anos sob estas condições, moléculas orgânicas. Na tentativa de
reproduzir essa atmosfera primitiva em laboratório, Stanley Miller criou um
sistema (que ficou conhecido como experimento de Miller) no qual ele obteve como
produto final de sua experimentação aminoácidos, reproduzindo o que poderia ser
o mar antigo: um grande caldo de aminoácidos, a <b>sopa primordial</b>. Apesar desse ensaio deixar a impressão de ser a
prova de como a vida surgiu na Terra, o experimento de Miller apenas afirmou que
as condições atmosféricas pensadas existirem há época permitiriam a <b>formação de matéria orgânica a partir de
matéria inorgânica.</b> Segundo Marcelo Gleiser, a vida se define como sendo um
“conjunto de reações químicas autossustentáveis capaz de absorver energia do
meio ambiente e de se reproduzir”. Dessa forma, as primeiras células além de
possuírem compostos orgânicos em sua composição, deveriam ter um aparato que as
permitissem produzir proteínas e enzimas aptas para captar e metabolizar nutrientes
do meio ambiente e para realizar reprodução, ou seja, ter um aparato genético
capaz de realizar processos um tanto quanto complexos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A molécula da complexidade<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR01ZQw-7Qy6qmNXp3i9RchpOUc1L8S6ThIsSCHCsUCxXGKxZ7KazSJE4RF4JPFpi2UDhvpOfLBcGlKHaQOkp66vMfA_T1X_6gu6n7yFwFavKjhJRkFckxM2C3QJGG26JpfPOCty8KtUAK/s1600/pre-cambriano.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR01ZQw-7Qy6qmNXp3i9RchpOUc1L8S6ThIsSCHCsUCxXGKxZ7KazSJE4RF4JPFpi2UDhvpOfLBcGlKHaQOkp66vMfA_T1X_6gu6n7yFwFavKjhJRkFckxM2C3QJGG26JpfPOCty8KtUAK/s320/pre-cambriano.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Terra Pré-Cambriana.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
As
interações das primeiras moléculas orgânicas no “caldo primordial” teriam
crescido conforme suas concentrações aumentavam e as reações originadas por
elas levariam a construção de moléculas maiores e mais complexas. Imagina-se
que a vida pré-celular teria começado com a formação de ácidos nucléicos [o
ácido desoxiribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA)], que
desempenhariam as funções metabólicas vitais para a sobrevivência e reprodução
do aglomerado celular. Eventualmente as pré-células teriam se fechado numa
membrana lipidica-protéica, as quais resultariam nas primeiras células. </div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Durante
alguns milhões de anos a molécula candidata a precursora da informação genética
no início da vida era o RNA, apesar de na maioria das vezes o DNA receber tal
crédito. O RNA em princípio poderia desempenhar um papel de armazenador de
informação hereditária (como faz o DNA hoje em dia) e ao mesmo tempo de
catalisador de reações químicas, tal qual uma enzima. De fato, são conhecidas
moléculas de RNA que desempenham papel semelhante a enzimas, as chamadas
ribozimas. Esse cenário do RNA desempenhando múltiplas funções no surgimento da
vida recebeu o nome de <b>Mundo de RNA</b>.</div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>O X da questão<o:p></o:p></b></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL03cTWMZCXfqJ8HNHONcBUIzkWKpvo0yxYFK-PPeCrCNDkRjGUj1SLIUXea64w4CPq1_rj73cHOGZx8ESyLbNY09bq4wesGKM19IiIXTjGMiKtth9EGz8E16o-J9emiBxrDXxXXtRwQLA/s1600/original-XNA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL03cTWMZCXfqJ8HNHONcBUIzkWKpvo0yxYFK-PPeCrCNDkRjGUj1SLIUXea64w4CPq1_rj73cHOGZx8ESyLbNY09bq4wesGKM19IiIXTjGMiKtth9EGz8E16o-J9emiBxrDXxXXtRwQLA/s200/original-XNA.jpg" width="165" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As moléculas de XNA.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Recentemente,
pesquisadores do Medical Reserach Council Laboratory of Molecular Biology de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram
em laboratório moléculas semelhantes aos ácidos nucleicos (DNA e RNA), os
chamados <b>XNA</b>. Essas moléculas
diferem dos ácidos nucleicos tradicionais pela substituição do açúcar da
molécula (ribose ou desoxirribose), por outros compostos. Por isso o “X” na
sigla, que significa <i>xeno</i> para
indicar algo diferente ao que se é conhecido. As novidades na pesquisa liderada por um brasileiro, o Dr. Vitor Pinheiro, não são os diferentes tipos de
ácidos nucléicos em si, mas sim a capacidade que essas moléculas possuem de serem
acessadas e replicadas por enzimas polimerases específicas com suas informações
muito pouco modificadas, ou seja, capazes de evoluir! Além de
conseguir realizar replicação, isto é, construir cópias praticamente idênticas
a original, essas proteínas conseguem converter o XNA em DNA e vice versa. Mas
o que isso tem a ver com a origem da vida?</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Essa
nova descoberta nos leva a pensar se tanto o RNA quanto o DNA foram as
primeiras moléculas responsáveis por transmitir a informação genética às
células descendentes no início do surgimento da vida. Possivelmente não. Talvez o DNA e o RNA sejam somente duas das diversas moléculas que existiam no caldo primordial e que se saíram melhor na briga pela vida<span style="text-indent: 35.4pt;">, literalmente</span><span style="text-indent: 35.4pt;">. É
provável que essas novas informações a respeito do XNA venham elucidar uma das
maiores questões que sempre intrigaram os pensadores. Estaríamos perto,
afinal, de explicar de onde viemos? </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<b style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 10pt;">REFERÊNCIAS</span></b></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Gleiser, M, 2010. <i>Criação
imperfeita. </i></span><i><span style="font-size: 10pt;">Cosmo, vida e o
código oculto da natureza</span></i><span style="font-size: 10pt;">. </span><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Ed. Record, 4ª
edição.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Gonzalez, R.T., 2012. XNA is synthetic DNA that's stronger than the real
thing. Disponível em <</span><span style="font-size: 10pt;"><a href="http://io9.com/5903221/meet-xna-the-first-synthetic-dna-that-evolves-like-the-real-thing">http://io9.com/5903221/meet-xna-the-first-synthetic-dna-that-evolves-like-the-real-thing</a>></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"> </span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span style="font-size: 10pt;">Pinheiro V.
B. <i>et al.</i>, 2012. </span><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Synthetic
Genetic Polymers Capable of Heredity and Evolution.<span class="apple-converted-space"> </span><i>Science</i>, 336: 341-344.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 7.5pt; text-indent: 47px;"><br /></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 7.5pt; text-indent: 47px;">*O texto </span><span style="font-size: 10px; text-indent: 35.4pt;">não expõe sobre uma solução definitiva à questão do precursor da vida,</span><span style="font-size: 7.5pt; text-indent: 35.4pt;"> o</span><span style="font-size: 10px; text-indent: 35.4pt;"> título </span><span style="font-size: 7.5pt; text-indent: 35.4pt;">é só para despertar a curiosidade do leitor.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 21.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: -21.3pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<br /></div>
</div>Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-26420847810990629292012-05-01T00:25:00.001-03:002012-12-13T21:27:08.323-02:00Pensamentos e Pensadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-size: large;"><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Georgia, serif;">"<i>Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não
fez nada só porque podia fazer muito pouco</i>"</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Georgia, serif;"> </span></span></span><br />
<span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span>
<span class="apple-converted-space"></span><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span class="apple-style-span"><span style="font-family: Georgia, serif;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Edmund_Burke">Edmund Burke</a>, filósofo e político</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: Georgia, serif;"> </span></span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-90029577454277395422011-08-27T22:37:00.001-03:002011-08-27T22:37:11.387-03:00Resenha do filme Planeta dos Macacos – A Origem<p align="justify"><strong><font size="1">Por Bruno Tinoco</font></strong> <p align="justify">Há duas semanas, quando soube que iria estrear um novo filme baseado na produção original de 1968, Planet of the Apes (Planeta dos Macacos, em português), fiquei bastante animado. Sempre achei uma das ideias mais legais do cinema americano e, agora, teria a oportunidade de saber como os “macacos” dominaram a espécie humana e adquiriram certas faculdades ausentes nos grandes primatas do mundo real*, tais como fala, andar ereto e inteligência superior à do <i>Homo sapiens</i>, isto é, nós. <p align="justify">Assisti ontem o filme, logo na estreia, e vou compartilhar com vocês as minhas impressões e comentar determinadas passagens e conceitos que acho que merecem discussão. Desde já, adianto que fiquei satisfeito com o que vi e recomendo aos amigos. É seguramente um dos filmes (ao lado de Rio) que mais me empolgaram em 2011. </p> <div style="padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; width: 448px; padding-right: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:e314f2ed-ffb3-454c-a3fa-1851a3a5b47c" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="85ea1307-565f-41a3-b3a9-20774f2bbda8" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=DVWQ9r4n9QU" target="_new"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeWHfxMmZILsb8kr9kuttVsrgGwBUcPHkloANa3BKWPghsEeA_7M1spNuvvr-4GCAnyNdPlcIJ7luzkYNFGvaP1wlogyAREOSXOFofdYmLhvDAVMMmC1rybQGAUmyJ5X-MwHhfVLI4htTd/?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('85ea1307-565f-41a3-b3a9-20774f2bbda8'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"448\" height=\"252\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/DVWQ9r4n9QU?hl=en&hd=1\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/DVWQ9r4n9QU?hl=en&hd=1\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"448\" height=\"252\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> <p align="justify">O filme gira em torno de um cientista (interpretado por James Franco) que luta por descobrir uma droga capaz de curar o Mal de Alzheimer, desta forma livrando o seu próprio pai do triste desfecho da doença. Para tanto, ele desenvolve uma droga que, ao que parece, trata-se de um transposon, isto é, um vírus com potencial de se inserir no genoma do hospedeiro e usar a sua maquinaria celular para propagação. Assim, este vírus, criado pela empresa Gen-Sys, seria capaz de produzir moléculas terapêuticas que atuariam de modo a eliminar os transtornos causados pelo Alzheimer. A droga, chamada de ALZ112, é então testada numa chimpanzé, cujo filhote, Cesar, passa a morar na residência do jovem cientista, após as pesquisas com o medicamente terem sido suspensas devido à perda de controle do animal. <p align="justify">Neste ponto vale uma primeira observação. Cesar era um OGM, ou seja, um organismo geneticamente modificado, já que herdou parte do seu genoma de sua mãe, cujo material genético já havia sido alterado pela suposta inserção viral. Há leis severas que controlam as pesquisas com OGMs em todo o mundo. É claro que, no cinema, se o bebê chimpanzé não tivesse ido morar com o pesquisador e recebido educação de ser humano, não haveria enredo para o filme. <p align="justify">Durante o crescimento, Cesar passa a manifestar sinais notórios de uma inteligência sem precedentes nos primatas selvagens. Em uma das marcantes passagens do filme, Cesar, enquanto era levado para passear em uma reserva natural, se vê diante de um cão preso a uma coleira por seus donos, fato que, surpreendentemente, o faz mergulhar numa profunda reflexão sobre qual o seu real papel naquela sociedade até então dominada pela espécie humana. Se eu pudesse ler a sua mente, diria que ele pensou: “Seria eu apenas um animal de estimação?”, assumindo uma postura típica de uma pessoa atormentada por crises existenciais. <p align="justify">No desenrolar d<img style="background-image: none; border-bottom: 0px; border-left: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: left; border-top: 0px; border-right: 0px; padding-top: 0px" border="0" align="left" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNZa1NOhcvPfVmXsagUHPcg1Jfo74XExNXGZSiFJbOVISDH-Om3fBr460ZnzlZTCOafojhzn-oD2ye7kcSjh1QLAoUy9MPvJGfnoa72c1xqD1vTdLA3QU6Fm5_1RcovFo0fAnpWdhCPFY/s1600/MacacoPensadorGrande.jpg" width="148" height="207">a trama, Cesar é levado por autoridades a uma espécie de “cativeiro de luxo”, que, de luxuoso, não tem nada! É neste cativeiro que Cesar nos brinda com vários momentos de intensas reflexões. Em um dado momento, ele desenha a janela do seu antigo quarto na parede, como quem clama pelo regresso ao lar, numa clara tentativa de atenuar o sofrimento da prisão através de uma manifestação de arte. Noutra passagem, ainda no cativeiro, Cesar, sutilmente, imita a posição da histórica estátua O Pensador, do escultor francês Auguste Rodin, quando os diretores parecem querer preparar terreno para a iminência da ascenção dos primatas sobre a espécie humana. <p align="justify">A situação perde o controle quando um grupo de grandes primatas (a saber: chimpanzés, orangotangos e gorilas) escapam da prisão e libertam os outros “macacos” que estavam sendo mantidos como cobaias nas dependências da Gen-Sys. Liderados pelo carismático Cesar, os animais conseguem fugir da polícia americana para uma floresta. <p align="justify">E como os macacos vencem essa batalha com os seres humanos? Realmente, se fosse na base da força bruta, seria uma disputa relativamente simples em favor dos homens. Mas, um fato que não comentei, mas que foi decisivo para os rumos da história envolve uma propriedade do medicamente para o tratamento do Mal de Alzheimer. Se nos grandes primatas a droga era capaz de proporcionar faculdades fora do normal, em humanos, o medicamento trazia uma consequência nefasta. Ao que parece, as moléculas produzidas pelo genoma viral geravam uma letal reação de autoimunidade. Quando um dos pesquisadores que estudava o medicamento se infecta com o vírus, o problema deixa de ser apenas uma rebelião de macacos para se tornar a grande explicação para o declínio repentino da população humana no planeta. Em outras palavras, o medicamento, criado com o intuito de salvar vidas, passou a ser o maior vilão dos homens. <p align="justify">Também aqui cabe um comentário e uma citação histórica. A ideia da quase extinção da espécie humana apresentada no filme não é de todo absurda, já que, historicamente, nós temos exemplos de grandes populações que foram dizimadas ao entrarem em contato com um patógeno para o qual o organismo não exibia defesa imunológica. Podemos citar a introdução de patógenos pelos espanhóis no coração do império Inca, fato bem documentado no livro Armas, Germes e Aço, de Jared Diamond. É um interessante exemplo histórico de como uma minoria pode derrotar uma esmagadora maioria sem o uso da força bruta, em vez disso, com uma arma bem mais eficiente, a doença. Pelos meus cálculos, o pesquisador morre no filme após 3 dias de contato direto com o vírus. Diante deste cenário, realmente nem daria tempo de os meus colegas da FIOCRUZ desenvolverem uma vacina contra o vírus. <p align="justify"><b><font size="3">A fala nos macacos</font></b> <p align="justify">Achei que deveria comentar essa peculiaridade após me sentir incomodado com uns risinhos debochados durante o filme. O filme é uma ficção científica, obviamente não podemos e nem devemos exigir rigor científico de um filme que se propõe ao entretenimento. Quem deseja se informar a respeito de publicações científicas sérias há inúmeros sites que disponibilizam artigos em revistas nacionais e internacionais para serem lidos. É só baixar, ler e ser feliz. <p align="justify">Sobre esta questão da fala, recomendo fortemente a leitura de um dos textos que publicamos neste blog, intitulado <i><a href="http://biodevaneios.blogspot.com/2010/12/o-caso-foxp2.html">O caso FOXP2 – quando pequenas alterações provocam grandes mudanças</a></i>. Lá é discutido um pouco sobre a história molecular evolutiva deste gene, que é associado à nossa intrínseca capacidade de falar. É oportuno lembrar as palavras de Sean B. Carroll quando ele nos diz que: <i>“De modo geral, a evolução segue um padrão em mosaico, com diferentes características surgindo em diferentes momentos e evoluindo em taxas distintas ao longo da história.”</i> <p align="justify">Sob um ponto de vista evolutivo, é evidente que fica frágil o argumento de uma droga com finalidade para terapia do Mal de Alzheimer poder gerar mudanças fisiológicas e comportamentais tão acentuadas nos primatas a pontos deles exibirem características essencialmente humanas, que são resultado de pelo menos 6 milhões de anos de transformação – tempo da divergência entre a nossa linhagem e a dos chimpanzés. Mas, também o bom senso nos diz que ninguém iria se divertir se o filme tivesse duração de 15 horas para os diretores tentarem fundamentar eventos que a natureza levou milhões de anos para moldar. <p align="justify">Certamente eu deixei passar muitos outros momentos marcantes deste filme, que vale muito à pena ser assistido como uma grande obra de ficção. Caso lembrem de mais fatos interessantes comentem que nós discutiremos. <p align="justify">Fico por aqui e até breve. <p align="justify">* Nós também somos grandes primatas. Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-25181720637118203162011-07-14T21:59:00.001-03:002011-07-14T21:59:39.867-03:00Divulgação de ciência e a larva véliger<p align="justify"><strong><font size="1">Por Gustavo Miranda</font></strong></p> <p align="justify">A Zoologia é uma das áreas mais fascinantes da Biologia. O  estudo da diversidade animal deslumbra o homem desde Adão (o primeiro possível taxonomista) até os zoólogos que se formam hoje em dia, passando, é claro, por Aristóteles, Darwin, Wallace e tantos outros grandes biólogos. Infelizmente, o modo como toda a informação gerada por esses pesquisadores (menos Adão e Darwin) é passada ao público é praticamente inacessível. Os artigos e monografias são publicados em uma linguagem seca, direta, sem muitos rodeios e recheada de termos técnicos muitas vezes ininterpretáveis. Além disso, o acesso aos periódicos onde esses trabalhos são publicados só é possível nas universidades e mesmo assim, nem todos os conteúdos são liberados. O que salva o público leigo desse vácuo de informação científica são os livros, vídeos e os raros blogs de divulgação científica. Porém, nem sempre foi assim.</p> <p align="justify">Existiu no século XIX–XX um brilhante Biólogo Marinho chama<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwfo0eSUiZOYz80v-OavrFjCeGBOPUnhuXKJhsuoHvy_QpRcdYrHe89FxYXGJtRcptaugG_TvvDrLARPEd-8BgS6kCadH1qOIxrq9OD5c8kczVzSirRn3Ye-AgVb8TYcJ8p9LaVxyku0QW/s1600-h/WalterGarstang%25255B8%25255D.jpg"><img title="WalterGarstang" style="border-right: 0px; border-top: 0px; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="240" alt="WalterGarstang" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBJDKRxXkHG_WHLmxRZbV2iHITHdkxTZJm6egK7TxTk6XRzHZnxDJzw2W8HLEaIz_VufeBePJQLuPfwwMMd1sAvyb84I07fDnOcuU_S8QsUojrPm4hBDaP83xC6A9BI8DDfE2N3tLCmn_k/?imgmax=800" width="142" align="right" border="0" /></a>do Walter Garsteng (1868-1949) cuja especialidade era larvas de invertebrados marinhos e as informações que esses imaturos fornecem sobre a evolução dos invertebrados. Garsteng, além de ser um proficiente cientista, tinha um dom especial em transmitir suas ideias; ele a fazia na forma de versos. Dentre os diversos poemas que escreveu se destacam (título em inglês e tradução livre): <i>The ballad of Veliger, or how the gastropod got its twist </i>(A balada da Véliger ou Como o Gastrópode Tornou-se Torcido), <i>The amphiblastula and the origin of sponges</i> (A Anfiblástula e a Origem das Esponjas), <i>Mülleria and the ctenophore </i>(Mülleria e o Ctenoforo) e <i>Tornaria’s water-works</i> (O “Trabalho Aquático” da Tornaria).</p> <p align="justify">Dentre es<a href="http://hoopermuseum.earthsci.carleton.ca/gastropoda/morphology2.html"><img title="veliger" style="border-right: 0px; border-top: 0px; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="144" alt="veliger" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz4wUa289kbnX5GaCfiX4O79iYlS5XC7EqPNbZ81-d1MOF0FYQyTFOQ7qHLIi1XQg5-2Gs9kLBVlxni7NwSqx_n4-_3CdViC-ykB2hX0-QDptwMHqVxWkfk5c2fhWvGn_tDiRWCfbxrvAu/?imgmax=800" width="193" align="left" border="0" /></a>ses poemas, o mais famoso é “A balada da Véliger ou Como o Gastrópode Tornou-se Torcido”, o qual é transcrito a baixo (retirado do livro “Invertebrados” Brusca & Brusca, 2007). Nesse poema Garsteng relata o processo pelo qual poderia ter surgido a torção nos gastrópodes (caracóis e lesmas), sugerindo que a larva véliger utilizava tal mecanismo para se proteger de predadores. Atualmente, sabe-se que a torção do corpo desses moluscos não surgiu dessa maneira, mas para uma proposta inovadora na época, um poema é um ótimo jeito de se difundir a ideia. É extremamente raro ver um cientista escrever em versos e rimas o resulta de seu trabalho, mas essa poderia ser uma fonte de inspiração para que os pesquisadores atuais divulguem de forma mais descontraída e acessível o produto de seus tão árduos labores.</p> <p align="justify"><b>A balada da Véliger ou Como o Gastrópode Tornou-se Torcido</b></p> <p>A véliger é um lépido marujo, o mais lépido do mar</p> <p>A impelir seu pequeno bote, traz de cada lado, uma roda a girar;</p> <p>Porém, quando o perigo ameaça seu apressado submersível, </p> <p>Ela pára o motor, fecha a portinhola e submerge furtivamente.</p> <p>A véliger testemunhou várias transformações nas pelágicas embarcações a motor;</p> <p>A primeira que pilotou era nada mais do que uma antiga e lenta embarcação, com diminuta cabine à popa.</p> <p>Um Arqueomolusco a modelou, à sua imagem e semelhança,</p> <p>E, numa bolsa de manto, à sua retaguarda, ela trazia sempre guardadas suas brânquias e demais pertences.</p> <p>Jovens Arqueomoluscos eram lançados ao mar despojados de tudo, a não ser um véu...</p> <p>Algo como um aro, com movimento giratório próprio, a impulsioná-los, ao invés de serem transportados passivamente;</p> <p>E, rodopiando cá e lá, iam um a um adquirindo feições parentais:</p> <p>Concha no dorso, pé no ventre — as mais singulares das diminutas criaturas.</p> <p>Porém, quando fortuitamente esbarravam em seus vizinhos no mar, </p> <p>Celenterados com fios urticantes e artrópodes todo espinhosos, </p> <p>Acreditem vocês, traídos por um de seus pontos fracos, tornavam-se presas fáceis...</p> <p>Expostos na dianteira, seus frágeis lobos pré-orais não podiam ser recolhidos em salvo!</p> <p>O pé, vejam só, a meia-nau, próximo ao aconchegante abrigo na popa, </p> <p>Recolhia-se prontamente, deixando a cabeça exposta, à mercê de todo perigo.</p> <p>Então, os Arqueomoluscos foram escasseando, sua linhagem definhando celeramente, </p> <p>Quando, pasmem, chegou a salvação por um mero acidente.</p> <p>Uma legião de filhotes um dia surgiu, alvoroçado, cheia de novidades,</p> <p>Anunciando que seus retratores, direito e esquerdo, eram diferentes:</p> <p>Suas adriças de estibordo, fixas à popa, sozinhas, serviam à cabeça,</p> <p>Enquanto aquelas fixas a bombordo espraiavam-se de través e serviam à parte posterior do corpo. </p> <p>Inimigos predadores, ainda perambulando à deriva em números imbatíveis,</p> <p>Foram agora surpreendidos por táticas que frustaram seus planos para o jantar.</p> <p>Ante a ameaça, suas presas sucumbiram, mas prontamente reagiram, </p> <p>Recolhendo ao abrigo da concha suas partes mais brandas, vulneráveis, deixando exposto o pé com seu rígido escudo córneo.</p> <p>Essa manobra tática (<i>vide</i> Lamarck) aperfeiçoou-se com a repetição, </p> <p>Até que as partes envolvidas nessa artimanha adquiriram periodicidade,</p> <p>E a torção, independente afora de qualquer estímulo externo, </p> <p>Seguirá seu curso predeterminado, mesmo em um vidro de relógio no laboratório.</p> <p>E assim foi, então, que a Véliger, triunfalmente torcida, </p> <p>Adquiriu sua cabine à frente, nela abrigando seus apetrechos de navegação...</p> <p>Uma Trocosfera, em armadura blindada, com um pé para operar a escotilha de proa,</p> <p>E dupla-hélice para impulsioná-la para frente, com rapidez e prontidão.</p> <p>Porém, quando esses novos velígeros retornaram ao lar de origem para ali aportar</p> <p>E se estabelecerem como Gatrópodes com cavidade do mando à frente, </p> <p>O Arqueomolusco buscou por uma fenda esconder sua vergonha e fracasso, </p> <p>E, rangendo ameaçadoramente seus dentes córneos, sentiu chegada sua hora e, sucumbindo ao peso de seu revés, morreu.</p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p><font size="1">Livro de Walter Garsteng - </font><a href="http://www.amazon.com/Larval-Forms-Other-Zoological-Verses/dp/0226284239"><font size="1">http://www.amazon.com/Larval-Forms-Other-Zoological-Verses/dp/0226284239</font></a></p> <p><font size="1">Walter Garsteng na rede social </font><a href="http://www.facebook.com/pages/Walter-Garstang/120373594675377"><font size="1">http://www.facebook.com/pages/Walter-Garstang/120373594675377</font></a></p> <p><strong>Para livros recentes de divulgação cientifica, acesse a seção Livros desse blog.</strong></p> Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-37795142451428248862011-07-09T21:19:00.008-03:002011-07-09T22:22:53.760-03:00Quadrinhos viram tema de estudo sobre zoologia<p></p> <p><strong><span class="Apple-style-span" >Por Gustavo Miranda</span></strong></p> <p align="justify">O fanatismo por história em quadrinhos (HQ’s) somado a um amplo conhecimento em zoologia, foi a inspiração inicial do Prof. Elidiomar Ribeiro da Silva em juntar essas duas áreas aparentemente distintas em um trabalho diferente. Unindo-se a ele um aluno entusiamado (este que vos escreve) com mais duas outras pessoas fãs de HQ’s, o resultado foi o trabaho intitulado “<strong>Inspiração animal para superpoderes e comportamentos nos universos Marvel e DC</strong>” apresentado na forma de pôster na III Jornada de Zoologia da UNIRIO. O trabalho acabou ganhando repercussão inesperada sendo tema de uma publicação do jornalista “Mutante X” no blog especializado em quadrinhos “<a href="http://mutantexis.wordpress.com/" target="_blank">O X da questão</a>”. Segue abaixo a parte inicial do texto que continua no próprio blog. Vale a pena conferir!</p> <p align="center"><strong><br /></strong></p><p align="center"><strong>Quadrinhos viram tema de estudo sobre zoologia</strong></p> <p align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_iqrjj5EJnYuJV_QHjnRVDk3pysrWslQy2xCFcHVvwQ7S17Y-5qIyJJfofdpOavlF_GbslkzUPPnpy6jOeBPTZAqV3CXLaDd2N9U38PCyo4ma6RNgcxwV0gefRomloTLB5cRsIyMGn0uV/s1600-h/her%2525C3%2525B3is%252520do%252520pain%2525C3%2525A9l%252520Inspira%2525C3%2525A7%2525C3%2525A3o%252520Animal%25255B4%25255D.jpg"><img title="heróis do painél Inspiração Animal" height="142" alt="heróis do painél Inspiração Animal" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivz0kENLNHJas5U_Y7X9WXcJZe4YDoX99vLzCI3V11MnQAWTR5_10wpPvunzidoT8jg-xVm1Fvl2qpEVOtNrI8EPNfKjoxJF2RYlhZumVwmBYbvyXkcIcAEZxZ0BBH2Ezc8Uo7vxpq5HUj/?imgmax=800" width="240" align="left" border="0" /></a>Aparentemente, animais e quadrinhos de super-heróis não tem qualquer ligação, correto? Nem tanto assim. Um grupo de alunos <i>(sic)</i> da <strong>Unirio </strong>(Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) desenvolveu um painel baseado na inspiração do comportamento animal para a criação de personagens de quadrinhos. Com o título <strong>Inspiração animal para superpoderes e comportamentos nos universos Marvel e DC</strong>, os autores <strong>Elidiomar Ribeiro da Silva</strong>, <strong>Gustavo Silva de Miranda</strong>,<strong> Rosilene Ramos Gonçalves</strong> e<strong>Luci Boa Nova Coelho</strong> dissertam sobre 50 personagens das duas editoras que têm seus nomes, poderes e comportamentos analisados à luz da Zoologia. Tudo com embasamento científico, claro, como manda um bom estudo.</p> <p style="text-align: center;"><a href="http://mutantexis.wordpress.com/2011/07/08/quadrinhos-viram-tema-de-monografia-sobre-zoologia/" target="_blank">Continue lendo aqui.</a></p>Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-59421853578155813212011-07-07T19:03:00.001-03:002011-07-07T19:03:31.033-03:00Obras infindas<p align="justify"><strong><font size="1">por Gustavo Miranda</font></strong></p> <p align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2frLokmztwlIhzgljEn7ynr6ULnKe2NYhTE0I0m7cVR5znWWZWu5eZLTDUmMtIYaz11XLR1xXClVPkcjDfP-wCnCag90gDMxGZswfPbmufwOnMbsEtS1YJAmuwpmWDgXT2Sl62akmh2tK/s1600-h/clip_image002%25255B7%25255D.jpg"><img title="clip_image002" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="146" alt="clip_image002" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqlZ2gh_QprPZF7gln7pOIvO68EOecfzIkUShDj_b50EscY0eU0TSoObHW7sIfVqYLlpT2t4Hvh7Insx22bqS9H8N-BJWox0nXW1dQJDzhgQmubA-YEthrfYZQkBzWBh0P1YQjpVy1yLKN/?imgmax=800" width="213" align="right" border="0" /></a>Eu não entendo nada de restauração, muito menos de marcas de tinta, piso, tijolo... Mas gostaria muito de entender por que o Palácio Guanabara passa por tantas obras de restauração? Todo dia passo em frente a esse lugar e há muito tempo que a sede do Governo está em obras. Uma rápida busca na Internet elucida um pouco a questão. </p> <p align="justify">Em outubro de 2009 teve início uma grande obra de restauração, onde se pretendia trocar telhado, forros, pisos, instalações elétricas e hidráulicas, além de realizar alterações para instalação de internet, pintura da fachada e adaptação para o acesso de cadeirantes. O custo inicial era de R$ 9 milhões e tinha previsão de acontecer em 12 meses. Tratando-se de um local histórico e que estava sem restauro há muitos anos, é até justificável esse investimento. Contudo, já estamos em 2011 e as obras ainda não acabaram. Previsões indicam o término em Julho, mas o custo que inicialmente era de quase dez milhões está em R$ 16 milhões. Essa parece ser mais uma daquelas obras que enchem o bolso de políticos e enriquecem presidentes e donos de empresas, algo corriqueiro em nossas vidas, como nas faraônicas Cidade da Música, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos... Enquanto isso, bombeiros e professores continuam a receber salários medíocres.</p> Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-52937215443768325432011-06-24T23:52:00.005-03:002011-06-25T00:19:50.006-03:00O canto da cigarra<p align="justify">Para aqueles que ainda acham que as cigarras cantam até explodir...</p><p align="justify">E para aqueles que admiram o impressionante ciclo de vida desses animais.</p><p align="justify" style="text-align: center;"><br /></p><p align="justify" style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxfwo9O7Q2bPzx5AJgqo-Xk1eS8wOLda_pbo6PJ0fS3g8QpE5GA8Se5TOpEpv3rNR83QU1LnHrrt8D5FgQ_MA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-28747137221012865572011-05-29T21:56:00.001-03:002014-03-21T15:14:10.582-03:00Educação e criatividade<span style="font-size: xx-small;"><strong>por Gustavo Miranda</strong></span><br />
<div align="justify">
Educação é muito mais do que aprender a ler e a escrever. É na escola que as crianças descobrem seus talentos escondidos e, infelizmente, é onde elas perdem todo o seu potencial. O ensino virou uma grande receita de bolo, onde não se estimula as férteis mentes a pensar e a desenvolver o lado criativo.</div>
<div align="justify">
Em dois TED’s <a href="http://charlesmorphy.blogspot.com/2011/04/escolas-acabam-com-criatividade.html" target="_blank">Sir Ken Robinson</a> trata brilhantemente desse assunto (com legenda em português). Vale a pena conferir.</div>
<div align="center">
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Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-63140024437972083742011-05-25T02:03:00.005-03:002011-05-25T23:28:20.316-03:00Rumo ao fim (?)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCP3a9f9zXSeCDRUAaCpnIaMhn1fyBkvPbZmlS8q5fFcOzCdXI_v8IKQZ1BCzFTo0zIoQLmGWsAXPKwOIwIuTSmYufT0vqitCl_KpC_9wQLoGwn67PYJVZHG8giDed3I6tBbNoZ_8G2-r3/s1600-h/desmatamento_33.1%5B7%5D.jpg"><img title="desmatamento_33.1" style="border-right: 0px; border-top: 0px; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="198" alt="desmatamento_33.1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpYMC3dA55TIAuAU_c2VgZlYa7p4b9o5qm8gQGAKoNfTZScIXANYgKJcHoKytrqswY1BqQbR7Nj3p_YCodnXdZVILfphy9qXi8g-sFqVRu_d0UN4HAPBqKnJwx5t51bJnzhaA0WcvBFCEN/?imgmax=800" width="198" align="right" border="0" /></a> <p align="justify">Foi aprovado pela Câmara dos Deputados a emenda 164 do Novo Código Florestal (273 votos a favor, 182 contra e 2 abstenções). A Emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) e colaboradores, libera plantações e pastos feitos em áreas de preservação permanente (APPs) até julho de 2008. Na prática ela anistia quem desmatou, o que não é aceito pelo governo segundo a presidente Dilma Rousseff. Além disso, a emenda transfere para os estados, em conjunto com a União, legislar sobre o meio ambiente. Dessa forma, os estados terão autonomia para criar e executar seus programas de regularização para as áreas de preservação.</p> <p align="justify">Tal legislação ainda passará pelas mãos do Senado e, caso não sofra nenhuma alteração, pelas mãos da presidente, cabendo a ela aprovar ou vetar a decisão. Quanto a nós, só nos resta esperar que o mínimo de sanidade mental dessas pessoas não deixe esse absurdo sair do papel.</p><p align="justify" style="text-align: justify;">Ouça a rádio câmara.</p><p align="justify" style="text-align: center;"><embed src="http://www.4shared.com/embed/609707439/e74dd7f3" width="320" height="200" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always"></embed></p><p align="justify" style="text-align: center;"><br /></p> <p align="justify">Mais informações:</p> <p align="justify"><a href="http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/197553-CAMARA-APROVA-MUDANCA-EM-REGRAS-SOBRE-APPS-NO-TEXTO-DO-CODIGO-FLORESTAL.html"><span class="Apple-style-span" >http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/197553-CAMARA-APROVA-MUDANCA-EM-REGRAS-SOBRE-APPS-NO-TEXTO-DO-CODIGO-FLORESTAL.html</span></a></p> <p align="justify"><a href="http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/base-contraria-governo-e-aprova-emenda-polemica-do-codigo-florestal.html"><span class="Apple-style-span" >http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/base-contraria-governo-e-aprova-emenda-polemica-do-codigo-florestal.html</span></a></p> <p align="justify"><a href="http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/05/24/camara-aprova-texto-base-do-novo-codigo-florestal-deputados-podem-votar-destaques-que-mudam-projeto.jhtm"><span class="Apple-style-span" >http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/05/24/camara-aprova-texto-base-do-novo-codigo-florestal-deputados-podem-votar-destaques-que-mudam-projeto.jhtm</span></a></p> <p align="justify"><a href="http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/plantao/10,3323205,Deputados-aprovam-emenda-que-modifica-novo-Codigo-Florestal.html"><span class="Apple-style-span" >http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/plantao/10,3323205,Deputados-aprovam-emenda-que-modifica-novo-Codigo-Florestal.html</span></a></p>Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-38730454699455504572011-05-24T19:53:00.001-03:002011-05-24T19:53:19.392-03:00Educação e indignação<p align="justify"><font size="1"><strong>Por Gustavo Miranda</strong></font></p> <p align="justify">A educação pública no Brasil é precária e todos (menos os políticos) sabem muito bem das condições que alunos e professores estão expostos. Não é a toa que o Brasil é um dos piores países em rendimento escolar no mundo, não é a toa que crianças chegam ao 6º ano sem saber ler e escrever. Quem é professor ou conhece alguém que assumiu essa tão imprestigiada profissão, sabe bem que o péssimo rendimento escolar dos alunos não é devido à má qualificação desses profissionais. Muito pelo contrário, em diversas escolas públicas existe pessoal com especialização, mestrado e doutorado, e estes recebem um salário baixíssimo para ficar o dia inteiro engolindo giz e desaforo de alunos mal educados. </p> <p align="justify">Sob esta e muitas outras indignações, a professora Amanda Gurgel silenciou deputados em uma audiência pública no Rio Grande do Norte. Vale a pena conferir o depoimento de quem vive na pele o sacrifício da profissão que era para ser a mais valorizada em qualquer país.</p> <p align="justify"> </p> <div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:5ff29c94-796a-4262-b690-8290ab97b7c3" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><div id="b411a6f1-380a-4915-bb52-05f67fb2fdb4" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7iJ0NQziMrc&feature=share" target="_new"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUzCyeEtHkVCKTa9KTBQhhR3mZgsZ0yPK79xnziE24b7eK0mJFn898DkcVl748dOxXUw_kOKFI5QGN0Z-l79_tYwtIwha8LNbNimcVVmGRCSKFYJ5ycP3J2v9MN3zsX3OIXT2wSGA_8a5L/?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('b411a6f1-380a-4915-bb52-05f67fb2fdb4'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"425\" height=\"355\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/7iJ0NQziMrc&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/7iJ0NQziMrc&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"425\" height=\"355\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-82722576053940073252011-03-22T18:19:00.001-03:002011-03-22T18:19:55.603-03:00Um empurrão nos desavisados<p align="justify"><strong><font size="1">Por Gustavo Miranda</font></strong></p> <p align="justify">O carnaval passou e fica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhn-Wp75BW0ikStu7B6wuwEHsFic8hw70d_QL0lx5ftxI6J9hfLXsTmTc03mv5gijggH3EXPJZeF-OIejfWB1HgN9npRcyDsiYVzVECd3v-NUl_Gop80TlY9S664Uh2QHnwTxwVeq4xJqZ/s1600-h/clip_image002%5B5%5D.jpg"><img title="clip_image002" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="121" alt="clip_image002" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT6q4SCtyh_VxUrF38fEE9D-7b9VdF0auE26WbJnQpAVsOjJ27e4M_sU103zkJuDA6Jjfzxgzrg2vovR3NRCE-G8H8HpK0v26ZHfmSZa9IuGcknpMyL_SaE2qGyripv12M1r37D5qPH3GT/?imgmax=800" width="196" align="right" border="0" /></a>m as lembranças dos desfiles, dos sambas, dos blocos, das festas e o desagradável cheiro de xixi. Mesmo com esforço da prefeitura do Rio em colocar banheiros químicos nas ruas, parece que não foi suficiente para o número de foliões mijões. Olhando a proporção número de banheiros químicos X número de mijões, é até explicável (não justificável) que tenha se formado piscinas de urina em algumas partes da cidade.</p> <p align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRDF5o5ktc9U2xiF7WmASo8YqVor0zoXizzvVRTnEms3FKCopIH1kWGdh5mDP-USngVD3tOEJGraPXJQjfByIO8Nsi4bc5z810pfDdPx7ljKoNsMTFZbRf0Qsk5m_6xzSYXPnjutxXc0hS/s1600-h/clip_image004%5B5%5D.jpg"><img title="clip_image004" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="145" alt="clip_image004" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwbNvk2ActNnfEJFfgwR3ESq66GMWxknvFUR9U2BybFkN8EFZBVBM-NuYR6JdDlfN3sx5I1mDb3jeXi2xRF8G5pvd6wgge2HLmkYa2pRrMYKhB0UF766VjFpk_u3bpQ3XmjtrLpQIpEUyZ/?imgmax=800" width="228" align="left" border="0" /></a>O problema é que mijar na rua virou um hábito para os cariocas (<a href="http://rioquemoranomar.blogspot.com/2011/02/fazendo-xixi-na-rua.html">um histórico do xixi no Rio</a>) e é muito fácil ver pessoas indo para o trabalho, parar em árvores e regá-la com suas excretas. Não que isso seja ruim para as plantas, o nitrogênio da urina em quantidade moderada é reaproveitado, mas é ruim para todos os que passam pelo local depois, por causa do mau cheiro. Será que o indivíduo não consegue se segurar até algum lugar que tenha um mísero vaso sanitário? O pior é que após a realização da estréia de um lugar como banheiro público, várias pessoas começam a usá-lo da mesma forma e o fudum só aumenta. Esse odor característico é de amônia, o produto resultante da ação de bactérias com a urina. Essa mesma reação pode ser muito bem aproveitada na <a href="http://www.iverdes.com.br/2010/05/tijojo-ecologico-de-areia-com-xixi-e.html">confecção de tijolos</a>, onde se mistura areia, xixi e as tais bactérias. Então, uma solução talvez fosse estimular essas pessoas a andarem com uma garrafa para armazenar todo o xixi que fariam na rua. Depois é só eles venderem para alguma xixi-olaria.</p> <p align="justify">Porém, existe outra solução que gostaríamos de lançar agora. É a campanha <b>“Empurrão no Mijão”</b>. Simplesmente quando você vir alguém fazendo xixi na rua chegue por trás dela sem ser percebido e dê um empurrão. Obviamente a pessoa vai se mijar toda, e é justamente essa a intenção. Não vai ser nada agradável para ela chegar no trabalho, na escola ou na faculdade fedendo a xixi e com a calça molhada. Dessa forma, esse sujeito dificilmente vai repetir o ato. Uma sugestão é que se saiba correr rápido, para caso haja alguma reação, você estar longe quando o meliante se recuperar do susto. </p> <p align="justify">Caso você ache a campanha acima um pouco arriscada, nós estimulamos o protesto do “<b>Ôô mijão</b>”. Nesta, já amplamente conhecida, você só tem que dar um alto grito com os dizeres anteriores, e fazer com que a pessoa que está tirando água do joelho, se sinta constrangida por realizar tal ato na rua à vista de todos. Com ações como essa, quem sabe um dia, conseguiremos extinguir essa massa de mijões sem noção.</p> Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-32931068737264247782011-02-20T22:39:00.001-03:002011-02-20T22:39:09.233-03:00Samba para o Mistério da Vida<p align="justify"><font size="1"><strong>Por Gustavo Miranda</strong></font></p> <p align="justify">Neste ano de 20<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf00Ynvwf-iDzCxEs8JJsHihWkwbjktgAqv2nrRHSSiCyXRu0AyRjiO2Kx0fWv-Uoo0XczE8b_HoJ2IqrIAmq4HPqgFupN9U3BB2aFQEad2sroTHr-hIGkGhCVcwCF9pZJT4Gi5lm86p1P/s1600-h/clip_image002%5B6%5D.jpg"><img title="clip_image002" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="143" alt="clip_image002" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqRaIkIWxTSMtsaIx8ST5-Wdzg3kqaDpt5PFzMVh2cQNyBydWpr3UUHXDNmdBCuu0KVkWvtGL_WrWbpjdCP1L3xQAKXk7k7EjhLerPGI-UmKyPAXrhhvQj_lhpZWkhoC001lgc_QopxCkC/?imgmax=800" width="166" align="right" border="0" /></a>11 o carnaval carioca vai trazer à avenida do samba uma das mais ilustres figuras da ciência: Charles Darwin. A escola União da Ilha vai desfilar com o samba-enredo “Mistério da Vida” e vai fazer uma viagem no tempo para contar a evolução das espécies e as viagens do naturalista inglês. Infelizmente, a agremiação foi uma das escolas que mais se prejudicou com o incêndio que acometeu a cidade do samba, mas, de qualquer forma, a ciência será levada à Marquês de Sapucaí de uma forma mais descontraída. Segue abaixo o samba-enredo da escola.</p> <blockquote> <p><em><b>Mistério da Vida </b></em></p> <p><em><b><font size="1">Autores: Gugu das Candongas, Marquinhus do Banjo, João Paulo, Márcio André Filho, Arlindo Neto e Ito Melodia</font></b></em></p> <p>Minha alegria vai girar o mundo <br />Aventureira vai cruzando o mar <br />Trazendo Darwin na memória <br />Mais uma história vou desvendar <br />Um relicário de beleza natural <br />É o esplendor do carnaval <br />Que maravilha, nessa terra vou desembarcar <br />O show da Ilha vai começar</p> <p>No fundo do mar eu vi brotar <br />Se multiplicar a vida <br />Mistérios vão se revelar <br />Nas águas que vão me levar… a caminhar</p> <p>A terra abriu um sorriso <br />E o paraíso vai me ver chegar <br />Seres estão antenados <br />Pequenos alados bailando no ar <br />Lindos animais na passarela <br />E lá no céu, a mais linda aquarela <br />Do alto surgiu diferente <br />Não sei se é bicho, não sei se é gente? <br />Somos frutos do mesmo lugar <br />A árvore da vida vamos preservar</p> <p> </p> <p>Hoje eu quero brindar… com a Ilha <br />Nessa avenida dos sonhos brilhar <br />O meu amanhã, só Deus saberá <br />A vida vamos celebrar</p> </blockquote> <p>Por essa última estrofe, Darwin deve ter se remexido no caixão. Que a seleção natural não atue negativamente sobre a União da Ilha.</p> Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688057660207192711.post-25272371571405367262011-01-29T21:05:00.002-02:002011-01-29T21:07:55.786-02:00As orquídeas de Horta<p><span >Por Gustavo Miranda</span> </p><p align="justify">A mídia escrita é um meio responsável por causar enorme influência na população. Os jornais, as revistas, os livros e a Internet formam a opinião e moldam a cabeça de milhares de pessoas. Os autores que neles escrevem têm a grande oportunidade de passar informações úteis e corretas ao público. Porém, não é sempre que isso acontece, principalmente quando se entra no campo da ciência. </p><p align="justify">No dia 26 de dezembro de 2010 saiu uma crônica no jornal O Globo de Luiz Paulo Horta com o título “Sobre a existência de Deus” (<a href="http://sergyovitro.blogspot.com/2010/12/sobre-existencia-de-deus-luiz-paulo.html">http://sergyovitro.blogspot.com/2010/12/sobre-existencia-de-deus-luiz-paulo.html</a>). O autor é jornalista, crítico musical e ocupa cadeira na Academia Brasileira de Letras. Porém, ao que parece, seu vasto conhecimento sobre música e literatura não se estende ao campo da biologia, em especial a Biologia Evolutiva. </p><p align="justify">Nessa crônica o autor trata muito superficialmente da histórica discussão entre Ciência <i>versus</i> Religião. Porém, aqui o foco principal não será esse tema, mas sim o que diz respeito a essa passagem de seu texto: </p><p align="justify">“Pense em certas manifestações da natureza – por exemplo, o mundo das flores. A mim, pessoalmente, emociona e deslumbra o verificar que em cada flor, alguém ou alguma coisa estava em busca da perfeição. Em todas elas, sem exceção, vê-se a procura do detalhe que, segundo Goethe, traía a presença do gênio. Nenhuma delas – muito menos a orquídea – dá impressão de ser fruto do acaso, o resultado de uma série de adaptações. E o que você pode dizer de uma aplica-se a dezenas, a centenas, a milhares. Nessa espantosa proliferação de beleza, não há algo a mais do que o acaso? Mas se, daí você quiser extrair uma verdade científica, fracassará lamentavelmente<b>.</b> Porque o cientista quererá discutir flor a flor; a cada uma, aplicará métodos de raciocínio que se afastam de uma intuição generalizante.” </p><p align="justify">O mundo das flores citado pelo autor, assim como qualquer outro rei<a href="http://orquidea.base33.net/galeria/albums/userpics/10001/ressupinacao-b.jpg"><img title="clip_image002" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="211" alt="clip_image002" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcYkvSY5g0ghMsx8F8Hiyr44CrjzUZWn0xuTgsGMJaKbfWXS-ioKXuufTuOUnLBfs7nDFBck1hE7quSCaNoXHTcCdsCdWM0rKsPpipvthBEGEGwunX_d37-6vK5HH_Lcd8JBNtLHft04ZX/?imgmax=800" width="151" align="right" border="0" /></a>no da natureza (dos animais, dos fungos, das bactérias, dos protozoários, dos vírus) está submetido ao mesmo processo de sobrevivência, que é a seleção natural. Talvez qualquer pessoa com a mínima sensibilidade, se emociona ao observar os detalhes das flores de uma orquídea, e um conhecimento um pouco mais profundo em evolução consegue explicar as inúmeras adaptações que sua flor passou e passa até atingir tal forma. Como exemplo, tem-se o fenômeno da ressupinação, que é muito comum na família Orchidacea chegando a ser considerada uma das características diagnósticas do grupo.</p> <p align="justify">Ressupinação é o fenômeno no qual os botões florais das orquídeas fazem um giro de 180º no eixo do pecíolo, como mostra o desenho B da figura ao lado. Isso faz com que a pétala que estava na região dorsal vá para a região ventral. Quando os botões se abrem, essa pétala (que é chamada de labelo) revela sua coloração diferenciada e vistosa, o que atrai insetos que polinizam as flores. </p><p align="justify">Apesar de ainda não existir nenhuma sugestão formal, pode-se pressupor o processo pelo qual a ressupinação surgiu. Provavelmente havia uma população de orquídeas ancestrais que floresciam normalmente, sem sofrer rotação alguma de seu eixo. Considerando que a coloração chamativa do labelo já existia, em algum período durante o processo evolutivo da planta, surgiu, de forma aleatória, uma mutação que fez com as flores de parte da população realizassem um pequeno giro, expondo a coloração chamativa da pétala mais que as outras da população. Aquelas que chamavam mais atenção dos polinizadores tiveram maior sucesso que aquelas que não chamavam tanta atenção, uma vez que eram mais polinizadas e deixavam maior quantidade de descendentes. Logo, essa característica se espalhou pela população se tornando comum. Porém, rotações cada vez maiores surgiram durante o processo evolutivo dessa família, fazendo com que as que expunham mais a coloração chamativa, atraiam mais polinizadores e obtinham maior sucesso reprodutivo. E isso foi ocorrendo até as pétalas alcançarem a conformação que conhecemos hoje. E não para por aí. </p><p align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4SzNqkHn8JoKC0xs-Mn7AwezB_EgWfYLYwrJQY1MNPzbQ-mNg457HiW5cKFwgNGZwuh7e006p5K7Ox8gpwmKUN-McLXfdxsKAlGCM-DrUHbpFsD6gW42t1Db2QIYuz4a5XGOAqlRG6tEb/s1600-h/clip_image004%5B7%5D.jpg"><img title="clip_image004" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="212" alt="clip_image004" hspace="12" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPXRIM7q0zch1ubOF8wKFgeHG6g1wlUZ43tPl5I_MTaH7JMiTvXRBmQwdsgrCXdvCulJEPXKlo31qeBeFEjw3mLk2p_oqjfXrX9SqwrxoFa7AQ2trg4pefl7gCb-Jy-0qy4qn865KAgI3l/?imgmax=800" width="141" align="left" border="0" /></a>Muitas espécies de orquídeas além de ter coloração vistosa, produzem odores que confundem seus polinizadores ao produzir cheiro igual ao da fêmea, como a <i>Ophrys speculum </i>(figura ao lado). O macho, atraído pelo feromônio extremamete parecido com o da fêmea, parte para seu encontro. Ao chegar no local de origem do odor, ele copula com a flor polinizando a planta. Aplicando o mesmo raciocínio que na ressupinação, o odor parecido com o da fêmea do besouro produzido pela <i>Ophrys speculum </i>provavelmente surgiu ao acaso, e aquela planta com maior atrativos para os polinizadores obteve maior sucesso que aquelas que não produziam. Daí em diante o processo continuou até surgir populações que produziam o feromônio mais semelhante com o original.</p> <p align="justify">Com isso, percebe-se que o que se aplica a um gênero de orquídea, como a ressupinação, se aplica a todos da família, uma vez que essa foi uma característica que surgiu no ancestral e se espalhou por todos os descendentes. Dessa forma, não há a necessidade de se “explicar flor a flor”, como disse o autor, já que a quantidade de gêneros e espécies de uma família pode chegar a dezenas ou centenas. De fato, cada espécie traz consigo uma história particular de sua trajetória evolutiva, como no caso da <i>Ophrys speculum</i>. Mas, de forma geral, Darwin deixou muito bem explicado para aqueles que tivessem o interesse em descobrir como surgiu toda diversidade que hoje conhecemos, que não existe melhor intuição generalizante que a seleção natural. </p><p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p><span >Referência Bibliográfica</span> </p><p><a href="http://www.univie.ac.at/HBV/blog/pdf/Evolution%20of%20resupination%20in%20Malagasy%20species%20of%20Bulbophyllum.pdf"><span >Fischer <i>et al</i>, 2007. Evolution of resupination in Malagasy species of <i>Bulbophyllum </i>(Orchidaceae).<b>Molecular and Phylogenetics and Evolution</b> 45, 358-376.</span></a> </p><p><span >Sugestão:</span> </p><p><a href="http://ag.arizona.edu/pubs/general/resrpt2003/article7_2003.pdf"><span >McGinley, 2003. The co-evolution of a beetle and a plant. DNA evidence shoes suvival of ancient association. <b>Agricultural Experiment Station Research Report</b>, 14-15</span></a></p>Devaneios Biológicoshttp://www.blogger.com/profile/15135611964582498458noreply@blogger.com2