Por Bruno Tinoco. Esses dias fui abordado no MSN por uma amiga que se dizia desanimada, sem perspectiva. Após alguns minutos de conversa amigável notei que ela se encontrava descrente, sem objetivo para caminhar. Fiquei pensando se a crise dela também não poderia se encaixar no que, por vezes, sou acometido. Aquela troca de experiências então serviu como uma alavanca pra que eu pudesse mergulhar novamente em algo profundo, transcendental mesmo. Aí fiquei pensando se existe um propósito superior por trás do que fazemos ou deixamos de fazer, ou se há uma força maior capaz de guiar os pequenos e grandes acontecimentos. Nessas horas a gente se recolhe e pensa. Alguns encontram respostas, outros apenas aumentam o número de perguntas, mas a vivência de perscrutar a problemática da vida jamais é em vão, sempre traz consigo valores que poderão ser agregados no futuro próximo.
Há quem curta esses momentos olhando o mar, outros preferem desvendar os desígnios ocultos apreciando o céu noturno. Os cenários externos são os mais variáveis, mas a busca interior, contudo, é basicamente a mesma, desde que conhecemos as primeiras pegadas do homem. E a menina do MSN? Nós conversamos por horas, e poderia dizer em curtas linhas que chegamos à conclusão da necessidade de um objetivo para seguir adiante, sem o qual nada faz sentido e tudo perde a razão. São motivos pessoais, eu concordo, mas concretos, ou melhor, que se concretizam em atos, porque nossas motivações íntimas serão o móvel pelo qual nosso comportamento se refletirá. Um objetivo.
Um objetivo pode ser qualquer coisa; o de Gandhi era ver o povo indiano liberto das amarras inglesas; o de Teresa de Calcutá era cuidar dos doentes e amá-los; o de Hitler era dominar o mundo promovendo matança e por aí vai! As motivações são infinitas, mas são elas que nos movem todos os dias. E Deus? Talvez Deus esteja nessa relação de motivações que o ser humano procura, como um referencial e um ponto de apoio. A resposta para a existência ou não de um criador, ou um pai, como queiram, mais do que nunca se encontra no âmago de cada um de nós, como experiências pessoais, mas concretas, ou melhor, que se concretizam em atos [2]. Diz-se que a busca é individual, então até que ponto a experiência de outrem é válida para nós? Enquanto inspiração, talvez? Pode ser. Ainda assim, no entanto, essa fantástica saga precisa ter no final o trajeto de nossas próprias pegadas. E você, já sabe que caminho seguir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário